31/10/2024 às 13h25min - Atualizada em 01/11/2024 às 08h07min

A produção de sentidos pela dialética da imagem marca a trajetória do cineasta Fabio Freitas

Ousadia de ícones do cinema experimental inspira o artista, que participou da masterclass realizada com Francis Ford Coppola, em Curitiba, na última quinta-feira (31)

Ana Reimann
@anareimann_ (Assessoria de Imprensa)
Marilena Chociai Rizzi
Conhecido pela habilidade de transformar a imagem em experiência estética, o cineasta e repórter cinematográfico Fabio Freitas completa 40 anos de trajetória dedicada à arte do cinema e da fotografia.

Ao longo dos anos, o artista e jornalista desenvolveu uma linguagem visual própria, marcada por um olhar cuidadoso e profundo sobre a complexidade humana. De acordo com ele, a imagem pode desafiar o olhar comum, extrapolando o padrão tradicional de diálogo pautado pelo pensamento.

“A imagem é capaz de ir além do mero registro visual, revelando-se como criadora de sentidos. Gosto de criar conexões de diferentes formas com as pessoas. As percepções abrem um universo infinito de diálogos porque transcendem o óbvio", destaca. 


Admirador linguagem “experimental”, desde o cinema russo de Andrei Tarkovsky até a ousadia de Francis Ford Coppola, Fabio observa que a inspiração em outros artistas aparece em seus processos criativos de forma orgânica:

“Há um processo intuitivo durante as filmagens e, mesmo sem intenção deliberada, observo como as linguagens desses ícones do cinema são ressignificadas no meu processo criativo de forma espontânea. Ou seja, não há uma lógica estruturalmente tradicional nessas influências, mas uma forma sensorial de atuar relacionada às minhas vivências pessoais”, explica.


Fabio Freitas em evento com Francis Ford Coppola no Teatro Guaíra, em Curitiba, na quinta-feira (31)


Paralelamente à arte, Fabio também se dedica à reportagem cinematográfica, tendo participado de eventos de grande porte, como a cobertura da Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, as Paraolimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016, além de shows e eventos internacionais. As conquistas do jornalista também o tornaram uma referência como profissional da informação, mas a paixão pela arte é o que o move:

“As artes permitem que as pessoas revejam o mundo sob novas perspectivas e, com isso, surgem possibilidades de transformações sociais e pessoais tanto para quem as contempla quanto para quem atua com elas”, finaliza.

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ANA PAULA REIMANN
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