74 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2025! Esse é o número estimado do Instituto Nacional de Câncer – INCA para esse tipo de tumor que, nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, representa 29,7% dos diagnósticos positivos. Com a chegada de mais um Outubro Rosa e com números tão expressivos, é cada vez mais fundamental que a população se conscientize sobre as formas de prevenção contra o câncer de mama de forma efetiva.
A prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama possibilitam mais alternativas para controle e cura da doença. A médica rádio-oncologista do Oncoville, Paula Soares, conta que com o diagnóstico inicial, ou seja, detectando a doença no começo, as chances de cura são maiores – cerca de 95% – e possibilita um tratamento menos radical. “A realização de exames periódicos é uma peça-chave para evitar os tumores de mama. O autoexame mensal das mamas e a mamografia (exame de rastreamento) são os principais aliados no diagnóstico precoce do câncer de mama.”
Avanços no controle e tratamento do câncer de mama
O avanço da tecnologia trouxe a possibilidade de se aplicar doses mais altas de radioterapia durante os tratamentos dessas pacientes, em menos sessões, com a mesma eficácia e sem um aumento significativo na toxicidade. Hoje, o número total de dias de tratamento, conforme avaliação de um médico rádio-oncologista, pode variar entre 5 e 16 dias, com uso do TrueBeam, acelerador linear que permite a realização do tratamento com alguns recursos importantes para situações específicas. Há, ainda, a possibilidade de algumas pacientes realizarem o tratamento em 25 dias, de acordo com uma avaliação caso a caso, cujo tempo de cada sessão também é definido individualmente, podendo se dar em torno de 10 minutos ou até menos.
Mulheres mais jovens também podem ser diagnosticadas
Muitos pensam que apenas mulheres com mais idade, principalmente a partir da quinta década de vida, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Agora, esse tipo de câncer não pode ser mais considerado exclusivo de pessoas com mais idade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia – SBM, nos últimos anos houve um aumento de casos da doença entre mulheres abaixo dos 35 anos. Além dos fatores de risco, como obesidade, etilismo e tabagismo, também é necessário ficar atento à pré-disposição genética.
A principal mutação associada ao câncer de mama é a dos genes BRCA1 e BRCA2. Dados da SMB apontam que a alteração genética representa até 80% de “riscos para desenvolver o câncer de mama nesse grupo de pacientes”.
Busque hábitos saudáveis
Realizar atividades físicas durante 30 a 60 minutos ao dia ajuda a reduzir as chances de desenvolver câncer de mama. A OMS – Organização Mundial da Saúde recomenda entre 150 e 300 minutos de exercício moderado ou 75 a 150 minutos para atividade intensa por semana. “Com alimentação saudável, atividade física constante, gordura corporal adequada, diminuição no consumo de álcool e evitar o tabagismo é possível reduzir cerca de 28% o risco de se desenvolver o câncer de mama”, ressalta a médica rádio-oncologista Paula Soares.
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Heverson Bayer
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