26/09/2024 às 09h48min - Atualizada em 26/09/2024 às 12h14min

Felicidade Organizacional: especialista da UNESCO explica a importância de promover a saúde mental dentro do trabalho

Terceiro episódio do podcast “Cultura Inclusiva”, promovido pelo SENAI CETIQT, aborda possíveis caminhos para o bem-estar dos funcionários nas empresas

CAROLINE LOPES | TARGET ASSESSORIA
Reprodução: SENAI CETIQT

O ambiente corporativo pode ser uma fonte de realização pessoal? De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, colaboradores que estão satisfeitos em seus empregos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais criativos. Diante desse cenário, visando a importância do debate sobre a saúde mental, o SENAI CETIQT publicou o terceiro episódio do seu podcast “Cultura Inclusiva”, que tem como título “Cultura Inclusiva e Felicidade Organizacional”. Durante o episódio, o Antropólogo e Gerente de Desenvolvimento Estratégico e Sustentável do SENAI CETIQT, Marcelo Ramos, entrevista a Professora Associada da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas da Faculdade de Lisboa, Helena Águeda Marujo, que também atua como Coordenadora Executiva da Cátedra UNESCO de Educação para a Sustentabilidade da Paz Global. Nele, ambos chamam atenção para a necessidade de promover o bem-estar dos colaboradores dentro do ambiente corporativo. Para assistir, basta acessar: https://open.spotify.com/episode/383QPgVM7TqoDCOy8iP0ai

Com base em seu trabalho em torno da felicidade dentro das organizações, Helena traz experiências, dados de estudos e reflexões valiosas sobre os desafios de implementar ações que estimulem a satisfação de seus funcionários ao realizarem as suas atividades. Marujo explica que uma das áreas em que o conhecimento da psicologia positiva tem sido útil, é a inclusão. “Os estudos relativos às experiências e ao impacto das emoções positivas, por exemplo, evidenciam dados muito concretos, que quando nós estamos emocionalmente bem, quando somos elogiados ou reconhecidos, sentimos amor ou a alegria de uma experiência divertida”, diz.

As empresas estão passando por reconfigurações importantes, derivadas das mudanças nos valores relacionados ao trabalho e da crescente demanda por ambientes mais diversos e saudáveis. Porém, ainda há desafios a serem superados, dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que mais de 30% dos trabalhadores brasileiros já sofreram algum tipo de assédio moral no ambiente de trabalho. Além disso, pesquisas de diferentes empresas de consultorias e recrutamento revelam que mulheres, negros, PCDs, LGBT+ e trabalhadores acima de 60 anos são desproporcionalmente afetados pela discriminação, baixa representatividade e desigualdade de oportunidades. 

Marcelo Ramos explica que a recente inclusão da gestão de riscos psicossociais na Norma Regulamentadora 1 (NR1), que trata dos riscos ocupacionais, é mais um exemplo de como a promoção do bem-estar no trabalho vem se impondo às empresas. “Nesse novo cenário, as organizações terão a oportunidade de revisarem as suas práticas de gestão e adotarem medidas preventivas e corretivas contra os riscos psicossociais no trabalho. Assim, promoverão a saúde e o bem-estar dos colaboradores, mas também colherão benefícios como maior produtividade, redução do absenteísmo e de turnover, entre outros”, afirma.

Helena explica também como é difícil para as pessoas associarem o bem-estar e a felicidade aos momentos de trabalho. “Um estudo online mostrou que o que era bem-estar no trabalho para os entrevistados era o salário, os benefícios que a empresa oferece. Só que quando eles estudaram as dimensões mais relacionais do que parece impactar, estão as experiências de bem-estar laboral”.

Para enfrentar essa realidade, a gestão social - ESG está se tornando cada vez mais central para a identificação e o gerenciamento de riscos que afetam o bem-estar dos trabalhadores e algumas medidas fundamentais devem ser tomadas. “Embora a implementação de medidas possa parecer onerosa, elas representam uma oportunidade para alinhar a cultura organizacional aos valores e demandas atuais e são estratégicas para o desenvolvimento sustentável das organizações”, finaliza Marcelo.

 

PODCAST CULTURA INCLUSIVA

O podcast Cultura Inclusiva é uma iniciativa do SENAI CETIQT que busca discutir temas relacionados à diversidade e inclusão nas empresas e na sociedade. Com foco em proporcionar reflexões sobre práticas inclusivas, o programa aborda questões como saúde mental, bem-estar no trabalho e o impacto das emoções positivas no ambiente corporativo. Por meio de entrevistas com especialistas, promove diálogos sobre como tornar os ambientes profissionais mais diversos, saudáveis e inclusivos.

 

O SENAI CETIQT 

O Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil – SENAI CETIQT, é um centro de referência na geração de conhecimento para a cadeia produtiva química, têxtil e de confecção, que sempre esteve em sintonia com as demandas específicas e tendências de futuro da indústria brasileira.  

Comemorando 75 anos em 2024, desde o início o CETIQT se estruturou para atender ao desenvolvimento estratégico das indústrias nacionais.

Hoje o centro atua na promoção de uma indústria sustentável, inovadora e competitiva, investindo nas áreas de sustentabilidade e economia circular, por meio da oferta de consultorias, projetos de estudos, pesquisas para o desenvolvimento de novos produtos, novos processos e recursos naturais; além de se dedicar às formações profissionais e consultorias para o desenvolvimento da cadeia produtiva da moda. 

 


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CAROLINE SILVA DE SOUZA LOPES
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