13/09/2024 às 15h21min - Atualizada em 14/09/2024 às 08h02min

Minas Gerais e cachaça: tradição, inovação e sabores únicos

Especialista revela o que torna a cachaça mineira tão especial e compartilha uma receita tradicional para celebrar o Dia Nacional da Cachaça

MATEUS SANTOS
Divulgação/Emater
No dia 13 de setembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Cachaça, e Minas Gerais tem muito a comemorar. O estado é líder na produção da bebida, com a marca de 504 cachaçarias registradas, o que corresponde a 41,4% das cachaçarias do país e uma produção anual de mais de 4 milhões de litros. Com suas cachaças de alambique reconhecidas internacionalmente, o estado continua a inovar, preservando suas raízes.
De acordo com Victor Quaranta, mixologista e docente do Senac, instituição que faz parte do Sistema Fecomércio MG, a cachaça tem diferenciais que a destacam em relação a outras bebidas destiladas, sendo a principal a vantagem ser feita diretamente da cana-de-açúcar, uma matéria-prima com grande disposição de açúcares, que são transformados em álcool no processo de produção. Além disso, um dos fatores que diversificam a bebida é a ampla gama de madeiras usadas no envelhecimento. "A cachaça é a única bebida no mundo que utiliza mais de 30 tipos de madeira, como bálsamo, amburana, ipê, amendoim, e muitas outras. Enquanto o mundo usa predominantemente carvalho, aqui temos uma variedade incomparável", explica.
E é justamente nesse processo de envelhecimento que os alambiques mineiros se destacam. Segundo pesquisa realizada pelo Governo de Minas, cerca de 70% dos estabelecimentos do estado realizam o envelhecimento da cachaça, o que agrega valor ao produto. As pequenas propriedades rurais são responsáveis pela maior parte da produção e 82% dos produtores utilizam sua própria matéria-prima no alambique, garantindo um rigoroso controle de qualidade.
O resultado econômico dessa cadeia é formidável: só no ano passado, Minas Gerais exportou mais de US$ 1,18 milhão em cachaça, com os principais mercados sendo Uruguai, Estados Unidos, Itália, Países Baixos e Austrália.
Inovações e uso na gastronomia
A grande tradição no mercado da cachaça é acompanhada por novas técnicas e inovações nos produtos, segundo Victor Quaranta. “As bebidas mistas à base de cachaça têm conquistado o mercado internacional. Além disso, as cachaças estão sendo apresentadas com rótulos e garrafas mais modernas, atraindo um público novo e ampliando seu alcance,” observa o especialista.
A bebida também tem sido cada vez mais valorizada na gastronomia, especialmente em harmonizações. “Ao harmonizar cachaça com pratos, é importante considerar sua acidez, ‘perfume’ e intensidade. Cachaças mais adocicadas, com notas de cravo e canela, por exemplo, combinam muito bem com sobremesas, como o tiramissu. Já na hora de beber, as envelhecidas vão muito bem em copo de whisky, com 3 pedras de gelo, as amburanas podem ser armazenadas no congelador e as branquinhas utilizadas em coquetéis” sugere o especialista.
Para quem deseja celebrar o Dia Nacional da Cachaça exercitando o paladar, o especialista compartilhou uma versão diferente da clássica caipirinha: a caipirinha com três limões e gengibre.
Ingredientes:
- ½ Limão tahiti cortado em cubos
- ½ Limão siciliano cortado em cubos
- ½ Limão cravo cortado em cubos
- 20 ml de mel
- 1 rodela de gengibre picado
- Gelo
- 50 ml de cachaça de alambique
Modo de preparo:
1. Macere os limões com o mel e o gengibre.
2. Adicione gelo e a cachaça.
3. Mexa com o auxílio de uma colher e sirva.

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Mateus de Jesus Santos
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