13/09/2024 às 17h00min - Atualizada em 14/09/2024 às 08h01min

Saúde mental é pauta obrigatória para as empresas

*Por Adriana Isidio, Gerente de Marketing e Comunicação da Vetor Editora

GABRIELA ANDRADE | PINEPR
PinePR
Imagem: Divulgação
Em 2019, a OMS determinou a importância de notificar casos de doenças
relacionadas ao trabalho como parte de um esforço global para melhorar a
saúde ocupacional e a segurança dos trabalhadores. Essa medida foi
implementada para garantir que as doenças ocupacionais, muitas vezes
subnotificadas, recebam a devida atenção e tratamento, além de permitir a
adoção de políticas de prevenção mais eficazes.

Em 27 de março de 2024, foi sancionada a Lei 14.831 que instituiu o
Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Essa certificação,
concedida pelo Governo Federal, visa reconhecer e valorizar as empresas
que demonstram um compromisso concreto com a saúde mental de seus
colaboradores. Para obter o certificado, as organizações precisam adotar e
implementar ações efetivas que promovam o bem-estar psicológico e a
saúde mental no ambiente de trabalho.

O Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, é fomentado no
Brasil desde 2015 e tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o
suicídio e evitar o seu acontecimento.

Abordada já há algumas décadas por algumas empresas, a saúde mental é
uma temática que vem se fortalecendo a cada dia e, graças a movimentos
como os acima citados, evidencia a necessidade de ações constantes que
tenham como foco o cuidado com o bem-estar psicológico no ambiente de
trabalho, refletindo na crescente conscientização sobre a importância de um
ambiente corporativo saudável e sustentável.

É indiscutível que a saúde mental seja abordada em todos os níveis da
organização e não apenas na área de gestão de pessoas. No entanto,
sabemos que ainda é desafiador implementar e integrar programas eficazes
ao cotidiano das empresas, devido à pressão constante por metas e
resultados.

Os dados sobre depressão, burnout e outras doenças mentais que podem
levar ao suicídio são alarmantes. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que
a depressão afeta cerca de 5,8% da população, e o transtorno de ansiedade
atinge 9,3%. Além disso, o país registra aproximadamente 14 mil suicídios por
ano, sendo a maioria desses casos relacionados a transtornos mentais como
os já citados.
Também, quando analisamos dados recentes relacionados a baixa
produtividade, alta rotatividade e licenças ocupacionais, é possível obter

informações acerca do impacto nos resultados financeiros da empresa.
Segundo o INSS e o Ministério do Trabalho, em 2023, foram notificadas mais
de 250 mil licenças de trabalho no Brasil relacionadas a doenças
ocupacionais e acidentes de trabalho. Esses fatores podem custar à
empresa até 4,5% do seu faturamento anual, o que indica uma urgente
necessidade de implementar medidas para aprimorar o ambiente de
trabalho e ampliar a retenção de talentos.
Portanto, a saúde mental deve ser encarada como uma pauta estratégica e
essencial no planejamento anual das empresas. Isso inclui revisar e, se
necessário, reavaliar as políticas e práticas de recursos humanos. Exemplos
de boas práticas incluem a implementação de programas de assistência aos
funcionários, treinamentos de gestores para identificar sinais de sofrimento
mental, programas de apoio psicológico, treinamentos de gestores, criação
de políticas de saúde mental e a criação de comitês de bem-estar.
Para auxiliar e dar suporte às empresas, várias ações que entregam
conhecimentos substanciais acontecem durante o mês de setembro. A
Vetor Editora, por exemplo, oferecerá um webinar gratuito sobre o tema
Dependência Química e Suicídio: Compreendendo os Desafios e Promovendo a
Prevenção, além de produzir outros conteúdos extremamente relevantes
para o tema em diversos formatos e plataformas. Pesquise, atualize-se e
implemente ações de prevenção e manutenção na sua organização.

* Adriana Isidio é Gerente de Marketing e Comunicação na Vetor Editora. Graduada
em Comunicação Social, pós-graduada em Gestão Empresarial pela ESPM e em
Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela USP,
onde defendeu a tese “A importância da comunicação interna no apoio à prevenção e
manutenção da saúde mental das pessoas nas organizações.

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GABRIELA BRAZ DE ANDRADE
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