IMPORTANTE: Intervenção decretada em concessionárias de ônibus de São Paulo

Nesta terça-feira, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciou a intervenção nas empresas de ônibus Transwolff e UPBUS, que atendem as zonas Sul e Leste da cidade, respectivamente. A decisão foi tomada após as empresas serem associadas ao crime organizado em investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Militar. Apesar da intervenção, os serviços de ônibus continuam operando normalmente.

A Controladoria Geral do Município (CGM) já estava investigando as empresas a pedido do prefeito. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou que a prefeitura também foi vítima das ações criminosas.

O Decreto 63.328/24, que oficializa a intervenção, foi publicado em uma edição extraordinária do Diário Oficial da Cidade. Durante uma coletiva de imprensa no Ministério Público, o prefeito assegurou que os serviços de transporte público não serão interrompidos.

Nunes explicou que os interventores foram escolhidos com cuidado. Na Transwolf, o interventor será Valdemar Gomes de Melo, diretor de Planejamento da SPTrans, e na UPBUS, será Wagner Chagas Alves, diretor de Operações da SPTrans.

Além dos interventores, representantes da CGM, da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria da Fazenda trabalharão para garantir a continuidade dos serviços de ônibus e a transição da gestão das empresas.

A SPTrans assumiu a gestão e operação das duas empresas e se comprometeu a manter a operação diária dos ônibus. Todos os ônibus continuam em operação e os funcionários das empresas seguem trabalhando normalmente.

As duas empresas possuem um total de 1.365 ônibus e transportam 650 mil passageiros por dia. Os contratos de concessão, bem como os contratos com fornecedores e os direitos dos funcionários, serão mantidos.

Os interventores, juntamente com a equipe da CGM, da PGM e da Secretaria da Fazenda, serão responsáveis pela administração e operação das empresas. O Decreto 63.328/24 também estabeleceu a criação de dois comitês de intervenção, um para cada empresa.