Futebol como Cura: jovens israelenses que viveram os traumas de 7 de outubro vêm ao Brasil para intercâmbio inédito
DANIELLA GASPARINI
03/11/2025 13h55 - Atualizado há 5 dias
Divulgação / Zissou
Durante a primeira semana de novembro, São Paulo receberá 30 jovens atletas israelenses de 13 e 14 anos, vindos de diferentes kibutzim — comunidades coletivas localizadas no sul de Israel, próximas à Faixa de Gaza — uma das regiões mais impactadas pelos ataques de 7 de outubro. A delegação participa do Project 24, iniciativa que usa o esporte e o intercâmbio cultural como ferramentas de reconstrução emocional e conexão entre jovens israelenses e a comunidade judaica na diáspora. Ao longo da semana, os meninos viverão uma imersão com famílias anfitriãs brasileiras e uma agenda repleta de atividades que incluem visitas a centros de treinamento de três clubes profissionais, interação com jogadores, passeios culturais, e experiências marcantes — de torneios de futebol a atividades escolares com crianças brasileiras. O ponto alto da visita será a participação na Taça Eretz Israel, torneio que acontece na Hebraica São Paulo, reunindo equipes judaicas da Argentina e outras regiões do país. A delegação representará o Hapoel Eshkol, clube da região sul de Israel. “Esses jovens carregam histórias muito fortes. Alguns passaram dias em abrigos, outros perderam familiares, amigos ou vizinhos. O Project 24 nasceu para oferecer a eles uma chance de voltar a sonhar — usando o esporte como um caminho de cura e reconexão”, explica Daniel Gradus, fundador do Project 24. “Depois do sucesso do projeto nos Estados Unidos, é muito emocionante ver essa iniciativa chegando ao Brasil, com o mesmo espírito de união e esperança”, completa Gradus. Criado em Israel logo após os ataques, o Project 24 já promoveu delegações semelhantes em diversas cidades americanas, fortalecendo laços entre comunidades judaicas da diáspora e famílias israelenses diretamente impactadas pela guerra. A edição brasileira é fruto de uma mobilização conjunta entre lideranças comunitárias, clubes, empresas e famílias voluntárias. Para os organizadores, o intercâmbio vai além do futebol: representa uma ponte entre dor e esperança, trauma e reconstrução. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
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