Com a COP30 se aproximando, o Brasil se prepara para ocupar uma posição de destaque nas negociações internacionais sobre o clima. No entanto, uma nova pesquisa da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS) acende um sinal de alerta: as cidades brasileiras estão muito atrás no que diz respeito à adaptação climática.
A dissertação de mestrado da pesquisadora e diretora de sustentabilidade do Instituto Artesano, Monica Gomes Picavêa, intitulada “Como as cidades brasileiras estão construindo seus Planos de Ação Climática”, avaliou todos os 15 planos municipais (PLACs) oficialmente publicados até outubro de 2024 — o que representa apenas 0,27% dos mais de 5.500 municípios do país.
A pesquisa utilizou uma ferramenta adaptada do Banco Mundial — o City Climate Change Institutional Assessment (CCCIA) — para analisar o grau de maturidade institucional, governança, financiamento e justiça climática nos PLACs. O resultado é preocupante: a maioria dos planos apresenta fragilidades estruturais, falta de ffinanciamento, ausência de metas claras e pouca integração com políticas públicas locais.
“Estamos a um mês da COP30 e a realidade brasileira é que nossas cidades ainda não estão preparadas para os eventos extremos que já estão acontecendo. O clima mudou. E a resposta institucional ainda é frágil e desigual”, afirma Picavêa.
A dissertação propõe diretrizes práticas e replicáveis para melhorar a qualidade e a efetividade dos planos climáticos municipais, como:
● Formalização legal dos PLACs;
● Fortalecimento da participação social;
● Inclusão efetiva da justiça climática;
● Integração com planos diretores e políticas urbanas.
Além de preencher uma lacuna acadêmica sobre avaliação comparativa de PLACs no Brasil, o trabalho contribui diretamente para o debate público e técnico sobre o papel estratégico das cidades na resposta à emergência climática.
Com orientação do Prof. Dr. Alexandre Uezu e coorientação dos professores Dr. Carlos Klink e Dr. Tiago Cisalpino Pinheiro, o estudo oferece uma ferramenta inédita para apoiar gestores públicos, pesquisadores e organizações na construção de cidades mais resilientes e preparadas para os desafios climáticos do presente e do futuro.
Sobre Monica Picavêa: Diretora de Sustentabilidade do Instituto Artesano, Monica Picavêa é pesquisadora e especialista em sustentabilidade e mudanças climáticas, com experiência em promover a adaptação das cidades às transformações climáticas. Possui mestrado em Conservação da Biodiversidade pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas, onde aprofundou estudos sobre estratégias municipais de adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
Atua há mais de 20 anos na liderança de projetos inovadores na área de urbanismo e comunidades voltados à sustentabilidade e regeneração urbana, incluindo iniciativas de recuperação ambiental e fortalecimento da resiliência das cidades.
Sobre a Artesano Urbanismo: Desde sua fundação em 2017, Artesano Urbanismo se dedica a transformar o mercado imobiliário brasileiro, unindo tradição, experiência e inovação em cada projeto. Com pilares baseados em urbanismo regenerativo e qualidade, a marca se consolida como referência em urbanismo de alto padrão.
Sobre o Instituto Artesano: O Instituto Artesano é uma instituição sem fins lucrativos que busca inovar e criar projetos socioambientais em parceria com diferentes frentes das regiões de sua atuação, como comunidades e prefeituras. Seu objetivo principal é colaborar para o desenvolvimento sustentável e para um futuro mais regenerativo das cidades. Uma das ações do Instituto aconteceu em parceria com a prefeitura de Santana de Parnaíba, onde foi desenvolvido o projeto de municipalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, criando indicadores para cada objetivo e culminando na entrega do primeiro relatório Voluntário Local de uma cidade brasileira ms Nações Unidas. Esse processo faz parte das metodologias que o Instituto utiliza para conectar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com o poder público, apoiando a gestão a compreender melhor como esses objetivos se conectam com suas políticas públicas e como é possível mensurar claramente os avanços da cidade em prol do desenvolvimento sustentável.
O compromisso da Artesano com a sustentabilidade também se reflete na adesão ao Pacto Global da ONU, do qual é signatária, além de buscar alinhamento com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU nas suas ações internas e externas.
Sobre os sócios da Artesano: Renato Albuquerque Engenheiro e arquiteto com 66 anos de trajetória, é um dos nomes mais respeitados na construção civil e no urbanismo brasileiro. Sócio-fundador da Albuquerque, Takaoka, foi pioneiro em projetos como o Condomínio Ilhas do Sul e o conceito Alphaville, que introduziu o urbanismo sustentável no Brasil nos anos 1970, deixando um legado inovador e duradouro no setor. Nuno Lopes Alves é advogado e empreendedor, cofundador da Alphaville Urbanismo em 1995, após parceria com Renato de Albuquerque, e foi essencial na expansão da empresa, que alcançou mais de 60 milhões de metros quadrados em 18 anos, transformando o mercado imobiliário brasileiro. Marcelo Willer é arquiteto e urbanista com mestrado em História das Cidades, atuou como professor e desenvolveu projetos no Brasil e no exterior. Liderou a expansão da Alphaville Urbanismo como Diretor de Negócios e CEO entre 2000 e 2018.
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