A literatura brasileira ganha um novo nome com a publicação de Conjunto Nacional, livro de estreia do escritor Alexandre Venancio, lançado pela Editora Patuá. A obra reúne 24 contos que exploram as intensidades da vida contemporânea por meio de personagens múltiplos, narrativas cosmopolitas e um olhar marcado pelo humor, lirismo e ironia.
Segundo o próprio autor, o livro levou “a vida inteira, até agora, para ser escrito”. Embora ficcionais, os contos carregam reflexos de experiências pessoais, encontros e escolhas que moldam existências — sempre com a recusa da monotonia e a celebração da intensidade. “Conjunto Nacional é quase um amuleto de culto hedonista. Uma ode a uma vivência que possa ser mais leve e divertida. Com menos dogmas e neuroses”, afirma Venancio.
No prefácio, o escritor Paulo Nogueira destaca a força da estreia:
“Com esta estreia, Alexandre Venancio chega chegando à literatura brasileira, cumprindo à risca a mais indispensável missão da ficção, desde Homero até este preciso segundo: entreter, divertir, comover — com inteligência e, se possível, talento (no caso deste autor, não só é possível como inevitável).”
Os contos se passam entre o Brasil e diferentes cidades do mundo — Paris, Roma, Lisboa, Veneza, Madri — e trazem referências que vão da alta cultura às figuras pop, como Madonna e Lady Gaga. Essa pluralidade constrói histórias que, embora situadas em um contexto homoafetivo, alcançam a dimensão universal dos dilemas humanos: prazer e amor, ética e estética, compromisso e liberdade, provincianismo e cosmopolitismo.
Entre os títulos da coletânea estão “O Grande Pintor Contemporâneo”, “A Pequena Morte em Veneza”, “Mano, É o Pajubá!”, “Santa Madonna, Mãe de Todes”, “Que Xou da Xuxa É Esse?” e a “Trilogia do Amor”, dividida em três partes. Personagens recorrentes, como o enigmático “Tio”, atravessam as narrativas, conferindo unidade a uma obra que se aproxima de um romance polifônico.
Com 328 páginas, Conjunto Nacional reafirma a potência da ficção como espaço de experimentação, liberdade e crítica social. Mais que um livro de estreia, é uma declaração literária: um convite ao leitor para “permitir-se” viver a vida com intensidade, sem amarras.
Sobre o livro
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FREDERICO CASTILHO DE ALMEIDA
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