Juventudes, empresas e governos se unem por caminhos reais de inclusão produtiva no encerramento do GOYN Global Convening 2025

Evento internacional em São Paulo reuniu lideranças do Sul Global para fortalecer colaboração entre setores e impulsionar oportunidades que conectam juventudes a inclusão produtiva

BIANCA SALES | PITCHCOM COMUNICAçãO
09/10/2025 14h45 - Atualizado há 6 horas

Juventudes, empresas e governos se unem por caminhos reais de inclusão produtiva no encerramento do GOYN
GOYN Global Convening 2025 jovens de 16 comunidades do Sul Global | Foto: Oxigene
O terceiro dia do GOYN Global Convening 2025, marcou o encerramento do evento que reuniu juventudes de 16 comunidades do Sul Global (Argentina, Colômbia, El Salvador, Haiti, Índia, Itália, Quênia, México, Peru, Ruanda, Senegal, África do Sul, Tanzânia, Estados Unidos) e teve início na segunda-feira (6), com o tema “Conexões que transformam as juventudes: o poder de uma comunidade global”. O último dia aprofundou os debates sobre a construção de caminhos reais para a inclusão dos jovens em todos os cenários globais.

Na abertura da plenária do dia, Jamie McAuliffe, fundador e diretor do Global Opportunity Youth Network, do Instituto Aspen falou sobre o resultado desses três dias, e quanto a troca de ideias com as diferentes lideranças e jovens presentes de diversas comunidades globais foram maiores do que o esperado “O GOYN é um lugar onde os jovens podem propor soluções e inovações. E criar vias para analisar as barreiras estruturais das juventudes com protagonismo”, disse.


Na sequência, o painel ‘Empresas Transformadoras: como organizações estão construindo caminhos reais para a inclusão de Jovens-Potência' reuniu líderes que destacaram a importância de uma atuação corporativa intencional e transformadora no desenvolvimento de jovens, com o foco na promoção das oportunidades, fortalecimento da autonomia, além companhias que hoje dedicam não apenas recursos financeiros, mas também o tempo e o conhecimento de seus executivos para fortalecer projetos sociais e revelar o potencial dos jovens.
Marcos Panassol, sócio-diretor da PwC, reforçou que é preciso ter intencionalidade ao promover impacto social, conhecendo a realidade e as histórias de cada jovem, e não tratando-os como números. O debate apontou para uma mudança de mentalidade nas empresas, que agora desenvolvem programas mais robustos, conectando sua expertise interna às iniciativas de ONGs e formando talentos não apenas para o mercado de trabalho, mas também para a sociedade.

No intervalo para o segundo painel da manhã, o público presente prestigiou uma apresentação cultural de moda dos jovens que fazem parte do Núcleo Jovem dos Juventudes Potentes e do Coletivo Athalie. O desfile foi de peças sustentáveis cheias de brasilidade.

O painel que discutiu a união para o futuro do emprego transformador, trouxe especialistas que refletiram sobre os desafios e oportunidades de construir um futuro mais inclusivo e sustentável para as juventudes. Vivianne Naigeborin, superintendente da Fundação Arymax, destacou que vivemos em momentos de intensas transformações  tecnológicas que estão redefinindo as formas de trabalhar e de se relacionar. “O fim do bônus demográfico no Brasil, traz novos desafios e uma relação de trabalho intergeracional, que também muda comportamentos e a forma como entendemos a presença no ambiente profissional. Para começar a falar de futuro, é essencial repensar nossos modelos econômicos, sociais e o próprio mundo do trabalho, garantindo que as juventudes possam participar ativamente das profissões do futuro.”

Daniela Redondo, diretora executiva do Instituto Coca-Cola, ressaltou a importância da atuação coletiva frente à complexidade da inclusão produtiva, lembrando que o Brasil possui “47 milhões de jovens e 30 milhões de jovens de baixa renda”, o que torna o tema não apenas social, mas também econômico. Já Omar Bakari, diretor do GOYN Tanga, e Tanuja Kambie, jovem líder do GOYN Índia, reforçaram que mudanças sistêmicas exigem compromisso com a saúde e o bem-estar das juventudes.

Em seguida, no painel ‘Reescrevendo Narrativas para o Futuro’, o foco esteve na força das vozes jovens e na importância da representatividade como motor de transformação social. O debate concluiu que o futuro será realmente transformador quando as organizações, a filantropia e as comunidades estiverem comprometidas em ouvir, capacitar e dar protagonismo às juventudes para que elas mesmas escrevam as próximas páginas de suas histórias.

O painel ‘Governos que Ativam Futuros’ destacou o papel das políticas públicas e das parcerias intersetoriais na promoção da inclusão produtiva das juventudes. O Secretário Nacional de Juventudes, Ronald Sorriso, reforçou a necessidade de uma abordagem intersetorial nas políticas públicas. “Levamos políticas para os territórios com a criação de campos de institutos federais nas periferias e favelas”, explicou, citando também o Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva, articulado entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MPTE) e outras instituições, para incentivar empresas a inserirem jovens no mercado formal. Segundo, Ronald é necessário desenvolver novas dinâmicas de trabalho que priorizem as juventudes, como na redução de escalas de trabalho no país, para que o jovem garanta também seu bem estar e acesso a outras políticas, como lazer e cultura.

Outro ponto destacado também no painel, por Diogo Jamra, da Fundação Itaú Educação e Trabalho, foi o impacto da exclusão produtiva no desenvolvimento do país. “Não dá pra pensar o futuro do Brasil se não conseguirmos incluir produtivamente nossa juventude”, afirmou, destacando a urgência de uma agenda nacional para o tema.
Encerrando as discussões, Alice Gugelev, CEO da Global Development Incubator, propôs uma reflexão sobre os aprendizados do evento “Nesta semana, vimos como é dinâmico o que fazemos: promovendo oportunidades e entendendo como atender as necessidades dos jovens para que tenham sucesso em suas trajetórias”.

A última troca no evento entre os participantes foi regada de muita energia com os jovens-potência do GOYN, compartilhando suas experiências e networking, além de apresentação da escola de samba Mocidade Alegre, que fechou o último dia do evento internacional no país.

Para Gabriella Bighetti, CEO da United Way Brasil, o GOYN Global Convening 2025, representou um marco para o Juventudes Potentes no país e principalmente a potência transformadora das juventudes. “Os três dias nos mostraram na prática como a atuação sistêmica, com base em dados e com as juventudes incluídas na tomada de decisão, podem contribuir com soluções inovadoras, trocas e aprendizados compartilhados entre essa comunidade tão potente. Saímos com a certeza de que há possibilidades a partir de uma atuação coletiva para trabalharmos a inclusão produtiva, enquanto uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico no mundo todo”, comemora.
 

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Bianca Silva Sales
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