Vencedor do Prêmio Fita de Ator Revelação para Vitor Rocha, finalista do Prêmio Governador do Estado para as Artes e indicado em outras cinco categorias nos Prêmio Fita e Prêmio Destaque Imprensa Digital, o musical Donatello chega ao Rio de Janeiro, onde ocupa o Teatro Glaucio Gill às quintas e sextas, de 9 a 31 de outubro, depois de ser visto em sessões esgotadas por mais de duas mil pessoas em São Paulo. Escrito e interpretado por Vitor Rocha, dirigido por Victoria Ariante e com músicas originais de Elton Towersey, o espetáculo repete o trio responsável pelo sucesso Se Essa Lua Fosse Minha, vencedor do Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Letra e Música Original e APTR de Jovem Talento.
“A recepção do público carioca com um dos meus primeiros trabalhos, Se Essa Lua Fosse Minha, em 2023, foi a mais calorosa possível. Então, levar Donatellopro Rio já era um sonho desde antes de tê-lo estreado em São Paulo”, comemora Vitor.
Oitavo espetáculo autoral de Vitor Rocha, que assinou sucessos como Cargas D'água - Um Musical de Bolso – com montagens em Londres e Nova York – Mundaréu de Mim e Bom dia sem companhia, o solo musical conta a história de um menino que, depois de presenciar a primeira crise de Alzheimer de seu avô Donatello – durante a qual só conseguia dizer repetidamente o sabor de seu sorvete preferido –, tem a ideia de associar as memórias aos sabores de sorvete para congelar os momentos e impedir o avanço da doença do avô. O endereço da primeira casa, as letras dos hits de carnaval, as falas do filme preferido e o nome do primeiro bichinho virtual... Quais são as memórias que vamos deixando de lado quando entramos no automático da vida? E se existisse uma forma de garantir que essas memórias nunca nos abandonem? Relações familiares, envelhecimento, amor, amizade são alguns dos temas presentes na peça que trazem os sabores doces e amargos da vida e vão temperando, ora com humor, ora com dramaticidade, a trajetória do menino, que vira adolescente, se torna adulto até finalmente aprender a se lembrar daquilo que não devemos nos esquecer: que a vida derrete rápido e temos que saboreá-la enquanto é tempo. Vitor, que além do texto assina também as letras das músicas do espetáculo, divide o palco com o pianista Felipe Sushi.
“Donatello é um espetáculo com diferentes temáticas, capaz de trazer identificação com a plateia através de caminhos, principalmente afetivos. De alguma maneira o espectador é tocado por algum tema que o comove: sejam as dúvidas, os anseios, o convívio com familiares que adoecem ou os conflitos entre indivíduos, que são costurados de maneira poética e imaginativa. Ao acompanhar a história do protagonista, que transita desde a infância até a fase adulta, somos também convidados a refletir sobre nossas escolhas – as que fizemos e as que deixamos de fazer –, mas, ainda mais relevante, como escolhemos lidar com as situações que se apresentam em nossa vida e que também resvalam em como escolhemos olhar e viver o mundo”, analisa a diretora Victoria Ariante.
A interatividade com o público não se limita à relação palco-plateia durante o espetáculo e começa antes mesmo do terceiro sinal soar. Ao entrar no teatro, o público é convidado a sugerir palavras que serão inseridas no texto e nomearão até personagens, fazendo de cada sessão uma apresentação única.
“A minha ideia com essa história era, desde o início, ir além de apenas explorar lembranças, falar sobre elas. Era mais que dividir memórias com o público, era criar memórias junto com ele. Daí a ideia de um espetáculo que precisasse das memórias emprestadas das pessoas para acontecer e daí o fio condutor”, explica Vitor. “Muita gente, quando eu conto, imagina que, por isso, a peça é sobre memória ou sobre o Alzheimer, mas a doença é apenas um veículo nisso tudo. A peça fala sobre as relações humanas mais comuns e suas complexidades, fala sobre o amor, a família, os silêncios, o afeto ou a falta dele, as dualidades da vida que nos constroem por serem todas criadas e criadoras de memórias. Eu queria criar uma história que fizesse as pessoas lembrarem de como a vida é linda, também dura e gostosa, mas perecível”, completa.
Vitor Rocha
Ator, diretor, dramaturgo, roteirista e produtor, eleito pela Forbes um "Under 30", em 2019 entrou pra lista dos 90 jovens mais promissores e bem-sucedidos do país e já tem seu trabalho à frente do teatro brasileiro reconhecido. Depois de despontar em “Cargas D'Água - Um Musical de Bolso”, espetáculo que ganhou montagens em Londres no Off-West End e em Nova York na Off-Off-Broadway e que o consagrou como o primeiro autor a receber um Prêmio Bibi Ferreira na categoria Revelação, realizou diversos projetos de destaque como “Se Essa Lua Fosse Minha”, “Mundaréu de Mim”, “Bom Dia Sem Companhia”, entre outros. Além do teatro, seu trabalho pode ser visto no cinema, como ator e roteirista, e na dublagem, como ator ou responsável pela versão brasileira. Suas dramaturgias já ganharam as páginas dos livros e receberam selos dos principais prêmios da literatura, como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, sendo “O Mágico Di Ó” – publicado pela Panda Books – escolhido para integrar o Plano Nacional do Livro Didático e fazer parte das bibliotecas de escolas por todo o Brasil. O prêmio APTR na categoria “Jovem Talento” é o mais recente de seu currículo e se junta a mais de 28 indicações e 7 conquistas em prêmios de teatro e literatura em categorias distintas.
Victoria Ariante
Bacharel em Artes Cênicas pela Escola Superior de Artes Celia Helena, com formação em teatro musical na 4Act Performing Arts e especialização em Nova York, e bailarina clássica pela Royal Academy of Dance. No audiovisual, fez campanhas publicitárias para Banco do Brasil, Unilever, Bradesco e Hellmann's, além de participação no filme Mamonas Assassinas. Dirigiu o premiado espetáculo “Se Essa Lua Fosse Minha”, com o qual foi indicada a melhor direção pelo Broadway World e eleita umas das melhores diretoras pelo portal Observatório do Teatro, além de indicação ao Prêmio APTR de 2024. Foi preparadora de elenco em “Pluft, o Fantasminha”, contemplado na Série Espetáculos Didáticos do Teatro Usiminas, em MG; diretora de movimento em “Cargas D'Água - Um Musical de Bolso” e diretora associada da mesma montagem em Londres, sob o título de “Out of Water - A Brazilian Pocket Musical”. Em 2023, assinou direção de movimento no espetáculo inédito “Voz de Vó”, com direção de Sara Antunes e supervisão artística de Vera Holtz, indicado a 5 categorias no Prêmio APCA, incluindo melhor espetáculo infanto-juvenil; foi assistente de direção e coreografia no espetáculo “João e Maria”, no Teatro Santander, e coreógrafa residente de “Grease” e “O Guarda Costas - O Musical”, ambas no Teatro Claro. Atualmente, é diretora e coreógrafa de “Alice - O Musical”, montagem acadêmica do Estúdio Broadway; e assistente de direção e diretora residente de “Petshop - O Musicão”, com direção de Fernanda Chamma.
Ficha técnica:
Texto, letras e interpretação: Vitor Rocha
Composição e Direção Musical: Elton Towersey
Direção: Victória Ariante
Preparadora de Elenco e Assistente de Direção: Letícia Helena
Design de Luz: Wagner Pinto
Design de Som: Paulo Altafim
Microfonista e Operador de Som: Thiago Silva
Operadora de Luz: Yasmim Lira
Cenotécnico: Batata Rodriguez
Pianista e Suporte Cênico: Felipe Sushi
Produção Executiva: Ana Paula Marinho
Direção de Produção: Luiza Porto
Coordenação de Produção: Nathalia Gouvêa
Produtor Associado: Lucas Drummond
Realização: Ministério da Cultura, Encanto Artístico e Gaulia Teatro
Patrocínio: Transdallas e Transmassa
Serviço:
Donatello
Temporada: 9 a 31 de outubro
Dias: quintas e sextas, às 20h
Local: Teatro Gláucio Gill
Endereço: Praça Cardeal Arcoverde, s/nº - Copacabana
Capacidade: 150 lugares
Ingressos: R$60 (inteira) / R$30 (meia)
Duração: 80min
Gênero: Musical
Classificação: Livre
Vendas online: ElevenTickets
Bilheteria: seg a sex, de 16h às 22h / sáb e dom, de 15h às 22h
Instagram: @donatelloteatro
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LEILA LEAL GRIMMING
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