Dia Nacional da Pessoa Surda: boas práticas ajudam a tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo
Executiva de RH detalha as estratégias e iniciativas implementadas na companhia para construir um ambiente de trabalho mais acessível e equitativo
VANESSA FAGUNDES DA SILVA BURSON BRASIL
26/09/2025 19h05 - Atualizado há 2 horas
Baxter
Em celebração ao Dia Nacional dos Surdos, comemorado em 26 de setembro, o debate sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ganha ainda mais relevância. Construir ambientes corporativos verdadeiramente acessíveis e equitativos é um desafio e uma oportunidade para empresas de todos os portes. Nesse contexto, algumas estratégias podem ser implementadas para garantir que a comunidade surda encontre oportunidades e suporte adequados no ambiente de trabalho. “A inclusão de pessoas surdas vai além da responsabilidade social. É uma questão estratégica para o RH e para o negócio. Empresas que investem em acessibilidade e comunicação inclusiva não apenas cumprem seu papel, mas também se beneficiam de talentos mais diversos e engajados”, afirma Beatriz Martins, Gerente Sênior de RH para Manufatura da Baxter. “Aqui, por exemplo, nosso objetivo é garantir que a comunicação e o desenvolvimento profissional sejam acessíveis a todos os colaboradores, sem exceção”, complementa. Com base na experiência da executiva em liderança de equipes e na implementação de políticas de diversidade e inclusão, Beatriz destaca algumas iniciativas que se revelaram pilares essenciais para a construção de um ambiente de trabalho inclusivo para as pessoas surdas e que servem como um guia prático que pode ser implementado por outras organizações. Acessibilidade de interpretação em tempo real A comunicação é a base da inclusão. Para superar barreiras, é crucial disponibilizar plataformas que ofereçam interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) em tempo real. “Na Baxter, por exemplo, contamos com a plataforma ICOM, que nos permite ter interpretação em Libras 24/7, garantindo que nossos colaboradores surdos participem plenamente de todas as interações, desde reuniões a conversas informais”, explica a Head de RH. Treinamentos e capacitações com intérprete de Libras Para que o desenvolvimento profissional seja equitativo, todos os treinamentos, workshops e palestras devem ser oferecidos com a presença de um intérprete de Libras. “Não basta contratar, é preciso desenvolver. Garantir que todo o conteúdo de treinamento seja acessível a todos é fundamental para o crescimento e a progressão de carreira de todos os colaboradores. É um investimento direto na capacitação da nossa equipe”, destaca a profissional. Incentivo ao aprendizado da Linguagem Brasileira de Sinais Promover o aprendizado de Libras entre os colaboradores é uma poderosa ferramenta de integração e quebra de barreiras. “Incentivar o aprendizado de Libras internamente cria um ambiente mais acolhedor e facilita a interação diária. Na nossa companhia, no passado, realizávamos esses cursos presenciais, mas há algum tempo temos disponibilizado o curso completo de forma online, em uma plataforma interna. Ao promover esse aprendizado, estamos ativamente quebrando barreiras de comunicação e construindo um ambiente onde todos se sentem mais conectados e valorizados”, comenta Beatriz. Essas são algumas iniciativas de inclusão de pessoas surdas no ambiente de trabalho que exercem impacto direto no enriquecimento da cultura organizacional, impulsionam a inovação e fortalecem o senso de pertencimento de todos os colaboradores. Investir em um futuro de trabalho mais acessível e inclusivo para a toda a comunidade não é apenas uma questão de conformidade, mas uma oportunidade estratégica para as empresas que buscam construir equipes mais diversas e resilientes. A profissional ainda ressalta que “criar um ambiente onde todos se sintam valorizados, respeitados e capazes de atingir seu potencial máximo é um desafio coletivo e uma responsabilidade compartilhada que beneficia a sociedade como um todo”, finaliza ela. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VANESSA FAGUNDES DA SILVA
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