Trio Baru celebra 20 anos em Ouro Preto, no cenário histórico do Museu Boulieu

Verbo Nostro
25/09/2025 17h01 - Atualizado há 2 horas

Trio Baru celebra 20 anos em Ouro Preto, no cenário histórico do Museu Boulieu
Foto de Clausen Bonifácio
Brasília (DF), 25 de setembro de 2025 – Após turnê de dois meses pela Europa e apresentações em Brasília, Goiânia, São Paulo (25 e 26/9), Ribeirão Preto (28/9) e Belo Horizonte (2/10), o Trio Baru leva a sua música a Ouro Preto em um concerto especial no Museu Boulieu (Rua Padre Rolim, 412, Centro Histórico de Ouro Preto – MG), no dia 4 de outubro (sábado), às 20h, com entrada gratuita. A apresentação faz parte da turnê comemorativa de 20 anos de trajetória do grupo, que tem se consolidado como referência na cena instrumental brasileira.

Fundado em 2005, o Trio Baru é reconhecido pela sonoridade que transita entre o choro, o samba-jazz e a música instrumental contemporânea, mantendo diálogo com tradições e abrindo espaço para novas experimentações. Em Ouro Preto, o concerto ganha um simbolismo particular: um diálogo entre a riqueza cultural mineira e a inventividade do Trio Baru.


“Estamos muito felizes com a oportunidade de tocar no Museu Boulieu, um espaço belíssimo que preserva e compartilha a memória cultural de nossas origens”, afirma Nelson Latif, violonista e cavaquinista do grupo. “É um lugar que respira arte e história, e poder levar nossa música para esse cenário é também uma forma de reafirmar a música como parte desse patrimônio vivo.”

Repertório de clássicos e homenagens
No programa, os músicos Nelson Latif, João Bosco de Oliveira e Sandro Alves reúnem obras que atravessam gerações, como Ponteio (Edu Lobo), Pedacinhos do Céu (Waldir Azevedo), Santa Morena (Jacob do Bandolim) e Disparada (Geraldo Vandré). O repertório inclui ainda arranjos próprios e peças que homenageiam compositores fundamentais da música brasileira, como Milton Nascimento (Fé Cega, Faca Amolada/Cruzada) e Baden Powell (Canto de Ossanha/Berimbau). “É um repertório que traduz nossa caminhada: reverência aos grandes mestres, diálogo com a tradição e abertura à experimentação”, destaca João Bosco.

Para este espetáculo, o Trio Baru convida o cantor e compositor Marcelo Godoy. Mineiro de Montes Claros e radicado em Rotterdam desde 1993, Godoy integrou o grupo Banzé, referência no resgate das tradições populares, e gravou o disco Inspiral após passagem por Londres, quando se aproximou de músicos como Beto Lopes, Toninho Horta e Lô Borges. Criou projetos como a Casa Brasil Holanda e já se apresentou em palcos da Europa e África. Também atuou com Omara Portuondo e lançou o álbum Paralelo 16, marcado pelo diálogo entre dois continentes e que revela a maturidade de sua obra.

Trajetória e identidade
Ao longo de duas décadas, o Trio Baru construiu uma sólida carreira, com apresentações no Brasil e em países da Europa, África, Oriente Médio e Américas. A gênese do grupo remonta a 2005, em um convite para se apresentar na Holanda, durante o Encontro Europeu de Capoeira. Desde então, a formação se consolidou em Brasília, cidade que se tornou sua base musical.

Para o percussionista Sandro Alves, que integra o grupo há uma década, a experiência é como uma roda que nunca para de girar. “A gente se reencontra sempre com energia renovada, mantendo a essência do início. Cada um trouxe seu tempero musical e essa mistura gerou um som único, que é a cara do trio.”

Nesse percurso, Nelson Latif reforça o sentido de resistência cultural que acompanha a história do grupo. “Manter um trio instrumental no Brasil por duas décadas é um desafio enorme. Só conseguimos porque existe entre nós amizade, respeito e a convicção de que a arte tem força para atravessar o tempo.”

Já o violonista brasiliense João Bosco de Oliveira ressalta o simbolismo de tocar em Minas Gerais. “É emocionante trazer nossa música para cidades que guardam um legado tão importante para a cultura brasileira. Ouro Preto é um lugar que nos lembra que a arte pode atravessar séculos mantendo sua relevância. Esse é também o espírito do Baru: criar com liberdade, mas sempre em diálogo com nossas raízes”, destaca.

“Levar nossa turnê comemorativa por Ouro Preto tem um significado especial”, comenta Nelson Latif. “É uma cidade que nos lembra do valor da memória, da beleza da cultura.  Celebrar nossos 20 anos lá é também reafirmar que a música brasileira segue viva e em constante diálogo com o mundo”, conclui o músico.

Após a apresentação em Ouro Preto, o Trio Baru segue com a turnê comemorativa em novas paradas por Goiás. No dia 25 de outubro, o grupo toca em Pirenópolis/GO, no COEPI. Em novembro, retorna à cidade para o Muzza Jazz, nos dias 8 e 9, e encerra a temporada no dia 15, em Goiânia/GO, com concerto no Elegia Café.

A série de apresentações teve início em abril, por Brasília, passando por Minas Gerais, São Paulo e Goiás. O projeto é realizado com apoio do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC) e em Ouro Preto conta com apoio do Museu Boulieu.

Sobre os músicos

Nelson Latif

Com o cavaquinho e o violão acústico, Nelson Latif formou sua identidade musical na lendária cena jazzística de São Paulo dos anos 1980. Com raízes no Choro e no Jazz, Latif funde estilos brasileiros e uma técnica de violão clássico com diversas influências musicais. Em seu fraseado melódico, ouve-se bebop e síncopes brasileiras. Como promotor cultural, tem coordenado projetos educacionais para universidades e instituições culturais ao redor do mundo.

João Bosco de Oliveira 
O músico nasceu em Brasília e iniciou seus estudos de violão aos oito anos. Estudou na Escola de Música de Brasília e na Universidade de Brasília - UNB, graduando-se em 1992. Bosco participou de diversos concursos internacionais de violão e venceu quatro deles. Já se apresentou em Brasília e em outras cidades brasileiras, e sempre recebe excelentes críticas na imprensa brasileira. Bosco Oliveira foi professor do Departamento de violão clássico da Escola de Música de Brasília.

Sandro Alves
Carioca, o percussionista Sandro Alves é conhecido por suas raízes no samba. É especialista em misturar os estilos tradicionais da música afro-brasileira com o jazz moderno. Além de tocar no Trio Baru, Alves também pode ser visto em todo o Brasil como sideman (músico de acompanhamento) de alguns dos principais cantores do país.

Serviço – Turnê Trio Baru 20 anos em Ouro Preto
Data:  4 de outubro (sábado)
Horário: 20h
Local: Museu Boulieu – Rua Padre Rolim, 412 – Centro Histórico, Ouro Preto/MG
Entrada gratuita – sujeita à lotação do espaço

Mais informações:
www.triobaru.com
www.nelsonlatif.com


Material audiovisual de apoio
DVD Trio Baru, dez anos:
https://www.youtube.com/watch?v=RSilzqYqCB0

“La Frontera” no YouTube
Vídeo do Trio – formação atual
Especial Trio Baru – 20 anos
Obs. Imagens e sonoras do Especial estão autorizadas para veiculação em matérias e agendas.

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VALTER JOSSI WAGNER
[email protected]


FONTE: https://www.instagram.com/verbonostro/
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