“Não me entrego, não!” Othon Bastos retorna a São Paulo no Teatro Sérgio Cardoso depois de lotar sua primeira temporada a partr de 25 de setembro
Com 92 anos de vida, mais de 70 de carreira e com patrocínio da Transpetro através da Lei Rouanet, o ator retorna a São Paulo com seu primeiro monólogo, escrito e dirigido por Flávio Marinho, há mais de um ano em cartaz, 180 apresentações e cerca de 70 mil espectadores.
REDACÃO OFICIO DAS LETRAS
24/09/2025 11h55 - Atualizado há 6 horas
Beti Niemeyer
Com a experiência de quem criou muitos tipos e começou histórias diversas tantas vezes ao longo da vida, o ator Othon Bastos repete o gesto com frescor e sobe ao palco realizando algo absolutamente novo. Aos 92 anos de vida e contabilizando mais de 70 anos de carreira, Othon volta a São Paulo, no Teatro Sérgio Cardoso, para curta temporada de “Não me entrego, não!”, de 25 de setembro a 5 de outubro, seu primeiro monólogo com texto escrito e dirigido por Flávio Marinho. Desenvolvido a partir de trocas entre os dois e de um calhamaço de escritos que Othon deixou sob a diligência de Flávio, seu amigo de décadas, o solo foi elaborado sob minuciosa pesquisa, levando em conta os principais acontecimentos da existência de Othon. O espetáculo estreou no dia 14 de junho de 2024, no Rio de Janeiro, já percorreu 20 cidades pelo Brasil e agora retorna para capital paulista, com patrocínio da Transpetro. Considerado o maior ator brasileiro vivo, Othon possui uma carreira de títulos marcantes no cinema e no teatro que são relembrados em cena, propondo uma reflexão sobre cada momento da sua trajetória. É o mural de uma vida dividido em blocos temáticos - trabalho, amor, teatro, cinema, política, etc - cujas reflexões envolvem citações e referências de alguns dos autores mais importantes do mundo. A peça é uma lição de vida e de resiliência, de como enfrentar os duros obstáculos que se apresentam em nossa existência - e como superá-los. O desejo de voltar à ribalta partiu do próprio Othon que, após assistir a montagem “Judy: o arco-íris é aqui”, ficou com a ideia de estar em cena relembrando suas histórias. “Eu pensei como é maravilhoso contar a vida de alguém no palco. E aí falei com o Flávio que eu queria fazer um espetáculo com ele sobre a minha vida - e entreguei umas 600 páginas de pensamentos escritos sobre coisas que eu gosto, autores, anotações... Ali tinha um resumo bom sobre mim. E fomos fazendo: ele leu, entendeu e foi montando o espetáculo. E é mais difícil me lembrar do texto, embora seja uma peça sobre a minha própria memória, porque ela chega editada, diferente das lembranças espontâneas”, confidencia Othon Bastos. Com a missão de converter tantas lembranças e histórias, Flávio Marinho precisou condensar tantos anos de vivência 100 minutos de espetáculo teatral. “À primeira vista, o que temos é o próprio Othon Bastos quem estará em cena contando histórias divertidas e dramáticas da sua vida pessoal e profissional. Isto seria, digamos, o esqueleto dramático da peça. Só que este esqueleto é recheado de diversas reflexões, frutos imediatos do tema abordado por Othon. Por exemplo, depois que ele encontra o amor da vida, com quem está casado há 57 anos, o texto passa a refletir o sentimento do amor através de diversas referências e citações”, adianta o autor e diretor. O mesmo se dá após Othon mencionar um fato político: a peça envereda por historietas e pequenas pensatas políticas - e assim por diante. “O Flávio escreveu maravilhosamente bem. Começa nos meus 11, 12 anos e vem até hoje. Nada foi fácil para mim, muitos dos meus principais papéis eu entrei substituindo outro ator. Se alguém me perguntar como comecei minha carreira, eu digo que comecei substituindo o Walter Clark, que era meu colega de turma de teatro, e depois muitas outras coisas aconteceram. O Chico Xavier já dizia que se uma coisa é sua, ela te encontra, não é preciso se preocupar”, pondera o homenageado, que tem a companhia de um “ponto” em cena, a atriz Marta Paret trazendo observações às suas falas. “A ideia de ter a minha memória em cena foi minha, achei que seria interessante ter uma espécie de Alexa em cena. Ela entra para fazer descrições”, diverte-se Othon, numa alusão pra lá de contemporânea à assistente virtual desenvolvida pela Amazon. “É um momento único, mesmo: meu primeiro monólogo e sobre a minha própria vida. É uma experiência muito forte eu ter que ser o meu próprio centro em cena. Mas não trazemos nenhuma lembrança amarga, apenas as alegres e divertidas, para levar curiosidades que vivi ao longo desses anos todos ao público, que saberá o que se passa com um ator – que é uma pessoa comum. Mas, quando se recebe um dom como esse, você tem a capacidade de doar o que recebeu. Então é isso que eu quero, me doar - e que as pessoas me leiam. Quero que elas vejam quem eu sou e como sou”, finaliza Othon Bastos. A tournée que não tem previsão de término, é produzida pela Gávea Filmes que já está agendando apresentações para o ano de 2026. Sobre a Transpetro
Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 33 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina. A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 160 clientes. Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde. Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro. SERVIÇO “NÃO ME ENTREGO, NÃO!” Temporada: De 25 de setembro a 5 de outubro, quinta a sábado às 20h | Domingo às 16h Sessão acessível com LIBRAS e Audiodescrição: 02 de outubro, às 20h Ingressos pela Sympla - https://bileto.sympla.com.br/event/109070/d/331371 Plateia VIP: R$180 (inteira) | R$90 (meia) Plateia: R$150 (inteira) | R$75 (meia) Promocional: R$50 (inteira) | R$25 (meia) Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Licia | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP Duração: 100 minutos Classificação indicativa: 12 anos FICHA TÉCNICA
Elenco: Othon Bastos Texto e Direção: Flávio Marinho Participação Especial: Marta Paret Diretora Assistente: Juliana Medella Direção de Arte: Ronald Teixeira Trilha Sonora: Liliane Secco Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Programação Visual: Gamba Júnior Fotos: Beti Niemeyer Consultoria Artística: José Dias Assessoria Jurídica: Roberto Silva Coordenador de Redes Sociais e Diretor de Cena: Marcus Vinicius de Moraes Assistente de Produção: Gabriela Newlands e Calu Tornaghi Assessoria de imprensa SP: Adriana Monteiro Produção Local: Roberta Viana Administração: Fábio Oliveira Desenho de Som e Operador: Vitor Granete Direção de Produção: Bianca De Felippes Idealização: Marinho d’Oliveira Produções Artísticas Produção Nacional: Gávea Filmes Realização: Othon Bastos Produções Artísticas e Ministério da Cultura Patrocínio: Transpetro Instagram: @othonbastosnoteatro Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ADRIANA MARIA MONTEIRO
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