Fisioterapia intensiva transforma o cuidado ao paciente em estado crítico
Especialista destaca como a presença do profissional reduz complicações, acelera a recuperação e salva vidas em ambiente crítico
VIVIAN FIORIO
19/09/2025 15h25 - Atualizado há 2 horas
Divulgação/CEJAM
Quando se fala em fisioterapia, a maioria das pessoas associa o tratamento às clínicas e aos ambulatórios, geralmente no processo de reabilitação de lesões. No entanto, dentro das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), a atuação do fisioterapeuta se torna um dos pilares do cuidado multiprofissional, com impacto direto na sobrevida, no tempo de internação e na qualidade da recuperação dos pacientes. No Hospital Municipal Evandro Freire, unidade de referência na Ilha do Governador, o coordenador de fisioterapia Renato Tavares Alves explica que a função do fisioterapeuta na UTI vai muito além da reabilitação. “Na terapia intensiva, atuamos desde a prevenção das complicações causadas pelo imobilismo até o suporte direto em ventilação mecânica. Isso significa ajudar o paciente a recuperar funções respiratórias e musculares, mas também reduzir riscos de pneumonia, trombose, perda de força muscular e até delírio durante o período de internação”, afirma. Mobilização precoce: o movimento como remédio Entre as práticas mais relevantes da fisioterapia intensiva está a chamada mobilização precoce, que consiste em estimular os pacientes a realizar exercícios, mesmo leves, logo nos primeiros dias de internação. “A nossa meta é que, em até cinco dias, os pacientes aptos estejam sentados, em pé ou até mesmo andando. Essa iniciativa reduz complicações, encurta o tempo de internação e garante que a reabilitação após a alta seja mais rápida e eficaz”, detalha Renato. Aliado fundamental no suporte ventilatório Nos casos mais graves, quando há necessidade de ventilação mecânica, o fisioterapeuta trabalha em conjunto com os médicos na definição e no ajuste dos parâmetros do ventilador, garantindo que a oxigenação seja eficiente sem causar novos danos. “Apesar de ser um recurso vital, a ventilação mecânica é um processo antifisiológico. Cabe a nós reduzir esses efeitos, conduzir testes de retirada do ventilador e preparar o paciente para respirar novamente de forma independente”, explica o especialista. Impacto direto na saúde pública A presença do fisioterapeuta na UTI também contribui para a otimização de recursos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Renato, a atuação contínua ajuda a evitar procedimentos de alta complexidade, reduz o tempo de internação e, consequentemente, libera leitos mais rapidamente para novos casos agudos. “Um paciente imobilizado corre riscos de complicações que exigem medicamentos caros, oxigênio prolongado e internações mais longas. Com a fisioterapia atuando 24 horas, conseguimos prevenir esses quadros e oferecer um cuidado mais humano, eficiente e sustentável para o sistema de saúde”, reforça. Tecnologia e conhecimento caminhando juntos Com os avanços tecnológicos, a fisioterapia intensiva também ganhou novos aliados, como ventiladores mecânicos modernos, equipamentos de mobilização e até recursos de inteligência artificial. Mas, para o coordenador, nada substitui a expertise humana: “A tecnologia é um suporte importante, mas só gera impacto real quando associada a protocolos bem estruturados e a profissionais preparados. No SUS, muitas vezes usamos até recursos simples, como elásticos e caneleiras, mas o que realmente faz a diferença é a aplicação correta da técnica e a visão integrada do cuidado”, finaliza Renato. Sobre o Hospital Municipal Evandro Freire
O Hospital Municipal Evandro Freire, localizado na zona Norte do Rio de Janeiro, é um complexo hospitalar gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Sobre o CEJAM O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Barueri, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Ribeirão Preto, Lins, Assis, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos. A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde. O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS), tendo conquistado, em 2025, a certificação Great Place to Work. O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição. No ano de 2025, a organização lança a campanha "365 novos dias de saúde, inovação e solidariedade", reforçando seu compromisso com os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).
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