Dia Internacional do Alzheimer: como reduzir os riscos da doença que cresce com o envelhecimento da população?

Especialista em saúde do idoso do Hospital São José explica como se forma a doença neurodegenerativa que provoca declínio cognitivo e a perda de memória

BERNARDO BRUNO
19/09/2025 10h46 - Atualizado há 2 horas

Dia Internacional do Alzheimer: como reduzir os riscos da doença que cresce com o envelhecimento da população?
Reprodução

No dia 21 de setembro, é comemorado o Dia Internacional do Alzheimer, data criada para conscientizar a população sobre a doença que provoca a perda de memória e o declínio cognitivo. A condição neurodegenerativa crônica e progressiva (ou seja, que evolui ao longo do tempo) afeta 1,2 milhão de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, a cada ano 100 mil novos casos são diagnosticados e esses números não param de crescer. 

“O que vem acontecendo é um aumento na expectativa de vida da população em geral, e como o Alzheimer, assim como as outras demências, acomete mais a terceira idade, estamos notando um aumento maior dos casos em conjunto com o envelhecimento populacional. Associado a tal fato, hoje temos mais recursos para diagnosticarmos as demências”, explica a Dra. Gabriela Pacheco, especialista em saúde do idoso do Hospital São José.

O Alzheimer se forma a partir do depósito de placas de proteínas indevidas no cérebro que causam um processo neuro inflamatório, acarretando morte de neurônios e atrofia cerebral. No entanto, como ainda não existe uma cura para a doença, são fundamentais o diagnóstico precoce da doença de Alzheimer e sua prevenção. 

Para isso, familiares e pacientes devem observar os sinais de alerta da condição: “É preciso estar atento a casos de esquecimento de fatos recentes e informações do dia a dia, além da dificuldade de comunicação como o esquecimento de palavras ou a dificuldade de formar frases. A perda funcional, ou seja, não realizar mais tarefas cotidianas simples que antes realizava ou a dificuldade de raciocínio também são sinais importantes para se procurar um médico”, comenta a especialista.

Já em relação à prevenção, a Dra. Gabriela recomenda:

  • Dieta do Mediterrâneo (alimentação rica em vegetais, peixe, azeite);
  • Atividade física regular e supervisionada;
  • Treinamento cognitivo; 
  • Controle rigoroso das comorbidades (hipertensão, diabetes e colesterol alto);
  • Cessar tabagismo e alcoolismo;
  • Manter contato social;
  • Corrigir distúrbio visual e auditivo.

É importante lembrar também que nem toda demência é Alzheimer. “Temos a demência de corpos de Lewy, a demência frontotemporal, a demência da doença de Parkinson, a demência vascular, a demência alcoólica, entre outras. Cada uma se apresenta de uma forma, com sintomas e prejuízos funcionais diferentes, além de incidirem em faixas etárias distintas. Por isso é tão importante a avaliação de um profissional capacitado e a individualização de cada paciente”, conclui a médica do Hospital São José.


 

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