Leilão de imóveis: o que você precisa saber antes de investir

MARíLIA BOBATO
12/09/2025 11h00 - Atualizado há 8 horas

Leilão de imóveis: o que você precisa saber antes de investir
Canva / Divulgação
Nos últimos anos, os leilões de imóveis deixaram de ser um tabu e passaram a ganhar destaque como uma estratégia atrativa de investimento no mercado imobiliário. Com descontos significativos e acesso facilitado pela internet, cada vez mais pessoas enxergam nessa modalidade uma oportunidade real de diversificar seus investimentos.
Apesar da popularização, esse mercado exige conhecimento técnico e segurança jurídica para que as boas oportunidades não se transformem em prejuízo. Neste artigo, você vai entender de forma simples e objetiva os principais pontos sobre leilões de imóveis e por que eles vêm atraindo tantos investidores.

O que é um leilão de imóveis?
O leilão de imóveis é uma forma de adquirir um bem por meio de lances. O comprador é quem oferece o maior valor a partir de um lance mínimo. Existem dois tipos principais:
● Leilão judicial
É realizado como parte de um processo judicial, geralmente para quitar dívidas do antigo proprietário. O procedimento é conduzido por um leiloeiro oficial e supervisionado por um juiz.
● Leilão extrajudicial
Organizado por instituições financeiras, como bancos, para recuperar imóveis de contratos inadimplentes. O processo é feito fora do Judiciário, com base na Lei nº 9.514/97 (Alienação Fiduciária), e costuma ser mais rápido.

Quais são as vantagens de investir em leilão de imóveis?
Além de preços atrativos, com descontos que podem chegar a 50%, o leilão oferece outras vantagens importantes:
Alta lucratividade: a diferença entre o valor pago e o valor de mercado pode gerar bons lucros na revenda ou aluguel.
Compra segura: a arrematação segue regras legais que garantem segurança jurídica e formalizam a transferência do imóvel.
Condições acessíveis: muitos leilões permitem parcelamento, financiamento bancário e até uso do FGTS.

Quais os principais riscos?
Investir em leilões sem orientação pode gerar prejuízos. Os riscos mais comuns incluem:
Dívidas anteriores: em alguns casos, débitos de IPTU e condomínio podem ser transferidos para o novo proprietário.
Imóvel ocupado: o antigo morador pode não desocupar voluntariamente, exigindo ação judicial (imissão na posse).
Problemas no edital: erros ou omissões no edital podem levar à anulação do leilão.

Como reduzir os riscos?
A melhor forma de proteger seu investimento é contar com assessoria jurídica especializada. Participar de um leilão com base apenas em informações superficiais pode resultar em prejuízo e muita dor de cabeça.
O advogado especialista em leilões de imóveis atua nas seguintes etapas:
Análise prévia (due diligence): investigação completa da matrícula do imóvel e do processo judicial.
Verificação da legalidade: garante o cumprimento de todos os requisitos legais, evitando futuras anulações.
Ação de desocupação: se necessário, ingressa com ação judicial para garantir a posse do imóvel.
Burocracia pós-leilão: acompanha a emissão da carta de arrematação e o registro do imóvel no cartório.

O leilão de imóveis é uma forma segura e lucrativa de investir, desde que seja feita com planejamento, estratégia e orientação adequada. Antes de dar o primeiro lance, procure um advogado especializado que possa garantir segurança jurídica e transformar oportunidades em bons negócios.

Fabio da Silveira Schlichting Filho – advogado no escritório Alceu, Machado Sperb & Bonat Cordeiro Advocacia nas áreas do Direito Societário e Contratos Empresaria
 

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