5 principais erros cometidos na expansão de franquias; o quinto é o mais comum

Fábio Guerra, CEO da Guerra Expansão de Franquias, explica os erros mais comuns cometidos por franqueadoras

GCOM - COMUNICAçãO ESTRATéGICA
08/09/2025 14h14 - Atualizado há 1 dia

5 principais erros cometidos na expansão de franquias; o quinto é o mais comum
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No franchising, onde números de expansão viram manchetes, uma verdade às vezes é esquecida: crescer rápido demais pode ser uma sentença de morte.

Enquanto redes anunciam a abertura de centenas de unidades, especialistas alertam para os riscos de uma estratégia agressiva e mal planejada. Fábio Guerra, CEO da consultoria Guerra Expansão de Franquias, comenta. “A ambição pelo número puro e simples é o câncer do franchising. Muitas marcas confundem quantidade com qualidade e, no final, colhem uma rede doente, com franqueados insatisfeitos e uma marca desgastada”. A seguir, conheça os cinco pecados capitais da expansão no franchising:


Expansão desordenada
A franqueadora, seduzida pelo mapa do Brasil, coloca pins coloridos em todas as regiões sem um plano logístico e de suporte por trás. O resultado pode ser catastrófico. “A estrutura da matriz não consegue acompanhar o ritmo desenfreado de aberturas. O franqueado mais distante acaba órfão, se sente abandonado e, sozinho, tende a falhar”, comenta. A culpa, no entanto, não é dele, mas de uma expansão mal planejada.

Franqueados sem perfil
Negligenciar o perfil do franqueado em troca do capital é um erro fatal. “Colocar alguém desalinhado com a cultura da marca gera conflitos, quebra de padronização e inviabiliza a unidade, tornando-a um passivo em vez de um parceiro lucrativo”, alerta Guerra.

Crescer sem investir em suporte
A expansão acelerada sem investimento proporcional em suporte é insustentável. Mais unidades demandam mais consultores, treinamento e logística. Sem isso, o suporte torna-se ineficaz, os franqueados ficam órfãos, “a padronização desaba e a receita de royalties despenca. É um ciclo vicioso de fracasso", destaca Guerra.

Ignorar as particularidades regionais
Impor um modelo único em regiões diversas, sem adaptação, pode não funcionar. O sucesso em uma capital não garante nada em outro estado. Quem ignora pesquisa de mercado e particularidades locais está condenando seu franqueado ao fracasso. “Adaptar cardápio, mix e comunicação não é quebrar padrão, é inteligência estratégica para manter a essência da marca viável em qualquer mercado”, define Guerra.

Não ter um manual operacional
Guerra chama atenção para a base de todo o sistema: a operação. “Muitas franqueadoras nascem de uma única loja de sucesso. O dono sabe fazer, mas não soube documentar. O 'jeito certo' está apenas na cabeça dele. Na hora de replicar, o conhecimento não é transferido de forma eficaz”, explica. O resultado é o caos.

Sobre Fábio Guerra
Fábio Guerra atua com franquias há mais de 10 anos, sendo responsável pela expansão de mais de 500 unidades em todo Brasil. Guerra já realizou a expansão de grandes franquias, como Mercadão dos Óculos, Grupo MoveEdu, QÓculos, ActionRH, Fast4You, dentre outras. Atualmente é o CEO da Guerra Expansão de Franquias.

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LEONARDO GUARISO
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