Casas inteligentes, riscos invisíveis: por que a digitalização do lar exige proteção energética eficiente

Na corrida pela automação residencial, proteger a casa dos riscos invisíveis da rede elétrica é tão essencial quanto instalar câmeras e sensores inteligentes

Capital Informação
03/09/2025 11h00 - Atualizado há 15 horas

Casas inteligentes, riscos invisíveis: por que a digitalização do lar exige proteção energética eficiente
TS Shara

Comandos por voz, luzes automatizadas, eletrodomésticos inteligentes, fechaduras digitais, assistentes virtuais. A casa brasileira está se transformando e rápido. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD CONTINUA 2023), divulgada pelo IBGE, 16% dos domicílios no país já utilizavam algum tipo de dispositivo inteligente. Além disso, 93,6% dos lares contavam com acesso à internet, o que cria a base ideal para a expansão da automação residencial. 

Mas junto com a conectividade, surgem riscos silenciosos. A digitalização do lar está tornando a infraestrutura residencial mais dependente de energia elétrica estável, conectividade constante e proteção eficiente contra falhas, oscilações e até ameaças digitais. E é aí que mora o perigo, literalmente. 

Conforto digital com riscos invisíveis 

A crescente presença de dispositivos conectados à internet, como assistentes de voz, câmeras Wi-Fi, painéis solares, hubs de automação e eletrodomésticos inteligentes, aumenta não só o consumo energético como também a vulnerabilidade da casa diante de quedas ou instabilidades na rede. 

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2024, os brasileiros ficaram, em média, 10,24 horas sem energia elétrica, com interrupções mais frequentes em áreas urbanas e periféricas. Parece pouco, mas para uma residência digitalizada, isso pode significar desde travamentos em sistemas automatizados de controle de acesso até perdas de dados, danos físicos a equipamentos e falhas em sistemas de segurança. 

E o risco não está apenas na rede elétrica. De acordo com o Tenable Cloud Risk Report 2024, falhas de configuração e vulnerabilidades não corrigidas continuam sendo os principais vetores de ataque em ambientes conectados. Embora o foco do relatório seja o ambiente corporativo, as lições também valem para o contexto doméstico: dispositivos IoT (Internet das Coisas) mal protegidos — como plugs inteligentes, painéis solares e câmeras — podem abrir brechas para acessos indevidos, falhas de disponibilidade e controle remoto indevido. Em outras palavras: sem proteção energética e digital adequadas, sua casa inteligente pode ficar vulnerável por todos os lados.  

“Hoje, a energia é o elo invisível que conecta tudo na casa inteligente. E é justamente por ser invisível que muitos subestimam sua importância. A proteção energética precisa ser tratada como parte estrutural da automação - seja residencial, comercial ou industrial -, não um acessório emergencial”, alerta Jamil Mouallem, engenheiro elétrico e sócio-diretor Comercial e de Marketing da TS Shara. 

Os principais riscos da automação sem proteção 

Entre os perigos mais comuns em residências digitalizadas estão: 

  • Oscilações de tensão: picos ou quedas de energia que afetam diretamente equipamentos sensíveis como modems, hubs de automação, TVs e dispositivos de segurança; 
  • Queima de componentes: causadas por surtos elétricos que ocorrem, por exemplo, durante tempestades ou manutenções na rede; 
  • Falhas de conectividade: perda de sinal de internet durante quedas de energia pode comprometer o funcionamento de todos os sistemas automatizados; 
  • Ataques a dispositivos conectados: brechas de segurança em dispositivos IoT podem expor a residência a invasões ou controle remoto indevido. 

Como proteger a casa inteligente: dicas práticas e essenciais 

Para que o sonho da automação não vire um pesadelo silencioso, Jamil Mouallem aponta recomendações simples, mas indispensáveis, para garantir a integridade energética e tecnológica da casa digital: 

  • Planeje a infraestrutura elétrica desde o início 
    Casas conectadas exigem planejamento energético específico. Avaliar a carga total, identificar pontos críticos e mapear os dispositivos que não podem ficar fora do ar são passos essenciais. 
  • Use filtros de linha e estabilizadores de qualidade 
    Eles ajudam a proteger eletroeletrônicos contra surtos, ruídos e picos de tensão. Prefira modelos certificados e com proteção contra sobrecargas. 
  • Invista em nobreaks nos pontos estratégicos 
    Hubs de automação, roteadores, centrais de segurança e servidores domésticos devem estar protegidos com nobreaks que garantam autonomia mesmo em quedas inesperadas. 
  • Segmente a rede elétrica por criticidade 
    Equipamentos mais sensíveis, como painéis solares, portões automáticos, fechaduras inteligentes e câmeras, devem estar isolados em circuitos protegidos, com proteção elétrica dedicada. 
  • Atualize firmwares e senhas dos dispositivos conectados 
    Segurança digital e energética andam juntas. Manter os equipamentos atualizados e protegidos é fundamental para evitar brechas que colocam o sistema em risco. 
  • Adote sistemas de monitoramento elétrico 
    Já existem tecnologias acessíveis que permitem acompanhar, em tempo real, o consumo, as oscilações e o desempenho elétrico da residência, auxiliando em decisões de manutenção e upgrade. 

O futuro pede energia com inteligência 

A automação residencial está em franca expansão, mas ela só será sustentável se vier acompanhada de uma infraestrutura energética resiliente, inteligente e segura. Além disso, o mercado de casas inteligentes está projetado para um crescimento expressivo. Estima-se que passe de US$ 147,52 bilhões em 2025 para US$ 633,20 bilhões em 2032, o que representa uma Taxa de Crescimento Anual Composta e 23,1% durante o período de previsão (Fortune Business Insights, 2025). Esse crescimento reflete a crescente adoção de dispositivos conectados, a demanda por eficiência energética e a busca por maior segurança nos lares modernos.  

“Com o aumento da digitalização, a proteção energética se torna ainda mais crítica. A falta de uma infraestrutura elétrica robusta pode comprometer a funcionalidade dos dispositivos inteligentes e colocar em risco a segurança dos moradores”, complementa Jamil Mouallem. 

À medida que a automação residencial avança, a necessidade de integração entre tecnologia, conectividade e segurança energética se torna cada vez mais evidente. Garantir que os dispositivos funcionem de forma confiável é essencial para que a promessa das casas inteligentes se concretize plenamente, oferecendo conforto, eficiência e tranquilidade para quem vive nelas. A proteção energética não é apenas um cuidado técnico, mas uma estratégia para preservar o valor e a longevidade de cada dispositivo conectado, permitindo que a casa do futuro seja, de fato, inteligente e segura. 

 

Perfil – Jamil Mouallem  

Jamil Mouallem é sócio-diretor da TS Shara, fabricante 100% nacional de nobreaks, estabilizadores de tensão, filtros de linha, autotransformadores e protetores de rede inteligentes. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade FESP (Faculdade de Engenharia de São Paulo) e pós-graduado em Administração Industrial pela USP, Jamil possui mais de 30 anos de experiência profissional, com passagem pela empresa de microcomputadores Microtec e pela Mainframes Burroughs, empresa americana.  

Perfil - TS Shara  

Com mais de 30 anos de atuação, a TS Shara é uma empresa nacional, e uma das líderes de mercado, fabricante. No segmento de baixa e média potência, é hoje uma das maiores e mais produtivas empresas no mercado brasileiro de equipamentos de proteção e energia, oferecendo uma linha completa de produtos que somam mais de 250 itens para atender o mercado SOHO.  

Com fábrica em São Paulo, a empresa está presente em todo o país por meio de 250 unidades de assistência técnica, além de revendedores e distribuidores que juntos totalizam mais de 380 canais, além de exportar para mais de 15 países.  

Todos os produtos fabricados pela TS Shara passam por um rigoroso controle de qualidade. A TS Shara possui ainda importantes reconhecimentos, entre eles, o Certificado de Qualidade de acordo com a norma ISO 9001, que a empresa mantém há mais de vinte anos.  

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