Os oito anos de experiência na aviação de Mariana Ortega, chefe de cabine na Azul Linhas Aéreas, foram marcados pela superação, propósito e espírito de liderança. De origem humilde e com trajetória marcada por desafios pessoais, a comissária de bordo transformou a vocação para o atendimento em uma carreira sólida que a levou a comandar operações para destinos como Orlando, Fort Lauderdale, Madrid, Lisboa e principais rotas da América do Sul.
Nascida em Marília (SP) e criada em Cuiabá (MT), Mariana mudou-se para a região de Campinas (SP) aos 25 anos em busca de oportunidades. Influenciada pela irmã, que já voava comercialmente, decidiu enfrentar um medo antigo - o pânico de avião - e, em 2015, formou-se como comissária.
Apenas dois anos depois, em janeiro de 2017, foi contratada pela Azul. Rapidamente, Mariana integrou voos internacionais e abraçou cada nova responsabilidade até assumir o posto de chefe de cabine, posição que ocupa há seis anos com dedicação.
Antes da aviação, Mariana acumulou experiência no atendimento ao público em lojas, eventos e recepção de hotéis, o que a ajudou a moldar sua habilidade de lidar com pessoas em situações de alta demanda emocional. Mãe solo, ela também destaca que a necessidade de prover e o desejo de crescer profissionalmente foram decisivos para a escolha da carreira: "Por meu filho, eu coloquei o medo no bolso e apenas fui em frente", diz ela.
Ao longo da carreira, Mariana colecionou episódios que ilustram seu compromisso com o cuidado e a solução prática de problemas. Entre eles, a atuação para reencaminhar um passageiro que havia comprado por engano uma passagem com muitas conexões e estava com dificuldades de chegar a tempo ao enterro da mãe. "Conversei com várias pessoas e com a colaboração de todos conseguimos fazer com que ele embarcasse mais diretamente para a cidade de destino final. Foi muito gratificante perceber que consegui fazer a diferença na vida daquele cliente", lembra.
Outro episódio relatado por ela foi quando ela tomou a decisão de organizar um serviço de bordo em solo, após um atraso em Orlando, garantindo alimentação e conforto para quase 300 passageiros até que a infraestrutura em terra fosse acionada. Nas duas situações e em muitas outras, sua prioridade foi o acolhimento: tanto dos passageiros quanto da própria tripulação.
Além da atuação operacional, Mariana participou da CIPA no aeroporto de Campinas e dedica parte do tempo a trabalhos sociais, em especial ações junto a orfanatos, reflexo de sua vocação em ajudar e acolher. "Ser comissária vai além de servir refeições. É estar presente nos momentos mais importantes da vida das pessoas, desde sonhos de viagem até despedidas. É nisso que me reconheço", afirma Mariana.
Hoje, Mariana enxerga a carreira como uma contínua oportunidade de construção. "Quero ampliar minha atuação internacional e inspirar novas gerações de profissionais da aviação", reforça a comissária.
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PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
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