Brasileira ganha destaque internacional na aviação movida pela vocação de cuidar

Influenciada pela irmã, que já voava comercialmente, decidiu enfrentar um medo antigo - o pânico de avião

PEDRO SENGER
15/08/2025 10h49 - Atualizado há 9 horas

Brasileira ganha destaque internacional na aviação movida pela vocação de cuidar
Divulgação

Os oito anos de experiência na aviação de Mariana Ortega, chefe de cabine na Azul Linhas Aéreas, foram marcados pela superação, propósito e espírito de liderança. De origem humilde e com trajetória marcada por desafios pessoais, a comissária de bordo transformou a vocação para o atendimento em uma carreira sólida que a levou a comandar operações para destinos como Orlando, Fort Lauderdale, Madrid, Lisboa e principais rotas da América do Sul.

 

Nascida em Marília (SP) e criada em Cuiabá (MT), Mariana mudou-se para a região de Campinas (SP) aos 25 anos em busca de oportunidades. Influenciada pela irmã, que já voava comercialmente, decidiu enfrentar um medo antigo - o pânico de avião -  e, em 2015, formou-se como comissária. 

 

Apenas dois anos depois, em janeiro de 2017, foi contratada pela Azul. Rapidamente, Mariana integrou voos internacionais e abraçou cada nova responsabilidade até assumir o posto de chefe de cabine, posição que ocupa há seis anos com dedicação.

 

Antes da aviação, Mariana acumulou experiência no atendimento ao público em lojas, eventos e recepção de hotéis, o que a ajudou a moldar sua habilidade de lidar com pessoas em situações de alta demanda emocional. Mãe solo, ela também destaca que a necessidade de prover e o desejo de crescer profissionalmente foram decisivos para a escolha da carreira: "Por meu filho, eu coloquei o medo no bolso e apenas fui em frente", diz ela.

 

Ao longo da carreira, Mariana colecionou episódios que ilustram seu compromisso com o cuidado e a solução prática de problemas. Entre eles, a atuação para reencaminhar um passageiro que havia comprado por engano uma passagem com muitas conexões e estava com dificuldades de chegar a tempo ao enterro da mãe. "Conversei com várias pessoas e com a colaboração de todos conseguimos fazer com que ele embarcasse mais diretamente para a cidade de destino final. Foi muito gratificante perceber que consegui fazer a diferença na vida daquele cliente", lembra.

Outro episódio relatado por ela foi quando ela tomou a decisão de organizar um serviço de bordo em solo, após um atraso em Orlando, garantindo alimentação e conforto para quase 300 passageiros até que a infraestrutura em terra fosse acionada. Nas duas situações e em muitas outras, sua prioridade foi o acolhimento: tanto dos passageiros quanto da própria tripulação.

Além da atuação operacional, Mariana participou da CIPA no aeroporto de Campinas e dedica parte do tempo a trabalhos sociais, em especial ações junto a orfanatos, reflexo de sua vocação em ajudar e acolher. "Ser comissária vai além de servir refeições. É estar presente nos momentos mais importantes da vida das pessoas, desde sonhos de viagem até despedidas. É nisso que me reconheço", afirma Mariana.

Hoje, Mariana enxerga a carreira como uma contínua oportunidade de construção. "Quero ampliar minha atuação internacional e inspirar novas gerações de profissionais da aviação", reforça a comissária.  



 

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PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
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