Bacelar cobra coragem do Congresso para enfrentar a exploração infantil no ambiente digital

deputado afirmou que regulamentar as redes sociais é um ato de proteção, não de censura

EMILLY ANDRADE
14/08/2025 10h12 - Atualizado há 4 horas

Bacelar cobra coragem do Congresso para enfrentar a exploração infantil no ambiente digital
divulgação PV
Em um discurso carregado de críticas e apelos à responsabilidade parlamentar, o deputado federal Bacelar (PV/BA) usou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (13) para denunciar a omissão do Congresso diante da crescente exploração e adultização precoce de crianças no ambiente digital.

Bacelar citou o vídeo do influenciador Felca, que já ultrapassa 33 milhões de visualizações, como retrato de um país que normaliza a exposição de menores e trata a infância como mercadoria. “Não é polêmica, é um espelho cruel do Brasil que estamos permitindo existir”, afirmou. O deputado lamentou que, diante de casos graves, o Parlamento siga acumulando projetos engavetados e encerrando CPIs sem resultados, como a CPMI das Fake News, que terminou sem relatório, indiciados ou medidas concretas.


O parlamentar alertou que o Executivo prepara o envio de um projeto de lei para proteger crianças e adolescentes no mundo digital, combatendo não apenas crimes nas redes sociais, mas também o poder excessivo das big techs. “Esse texto não pode virar mais um na prateleira. Está em jogo a segurança da infância e a soberania digital do Brasil. Ignorá-lo será escolher a impunidade e a submissão”, disse.

Bacelar criticou parlamentares da oposição que já sinalizaram intenção de obstruir o projeto caso inclua responsabilização de empresas de tecnologia. Para ele, trata-se de “política pequena” que coloca narrativas acima da vida real. “A hipocrisia dos golpistas vai continuar. Precisamos dar um basta nessa ideologia conservadora e proteger nossas crianças”, alertou.

O deputado também relembrou o enterro do PL 2630, o chamado “PL das Fake News”, cuja urgência foi aprovada, mas não avançou. “Quantas infâncias mais teremos que sacrificar no altar da disputa política?”, questionou. Bacelar encerrou seu pronunciamento afirmando que regulamentar as redes sociais é um ato de proteção, não de censura, e fez um aviso direto aos colegas: “Quem votar contra essa regulamentação estará, na prática, votando a favor da exploração, da violência e da destruição de vidas inocentes. A história registrará os nomes e o povo brasileiro também.”

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EMILLY SANTOS DE ANDRADE
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