A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em primeiro turno, o Projeto de Lei 757/2025, que prevê o pagamento de bonificação a integrantes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) pela recuperação de motocicletas furtadas, roubadas ou com sinais de identificação adulterados. A proposta, de autoria do Executivo, estabelece gratificação de até R$ 1 mil por veículo apreendido, com o objetivo de incentivar ações que contribuam para a redução de crimes e o fortalecimento da segurança pública na capital. A votação registrou 37 votos favoráveis, nenhuma posição contrária e 10 abstenções.
De acordo com a justificativa apresentada, a medida busca não apenas recompensar o trabalho dos agentes, mas também impactar diretamente nos índices de criminalidade, uma vez que motocicletas são frequentemente utilizadas na prática de diversos delitos. Entre os parlamentares que se manifestaram, a maioria destacou a importância da valorização do trabalho da GCM e a possibilidade de resultados positivos na segurança da população.
Alguns vereadores, no entanto, apontaram a necessidade de ajustes na proposta. A vereadora Marina Bragante (REDE) defendeu que a bonificação seja vinculada a um conjunto mais amplo de indicadores, incluindo ações sociais, patrulhamento escolar e atendimento a vítimas de violência. Já Luna Zarattini (PT) afirmou que o projeto não atende plenamente às demandas da segurança pública e apresentou emendas que propõem ampliar o valor do bônus, incluir outras modalidades de crimes e criar programas específicos para a recuperação de celulares e veículos.
Representantes do PSOL, que se abstiveram na votação, também apresentaram críticas. O vereador Celso Giannazi destacou a ausência de previsão de concursos públicos para reforçar o efetivo da GCM, enquanto o Professor Toninho Vespoli questionou critérios operacionais para a divisão do valor da gratificação entre diferentes agentes envolvidos na apreensão. A proposta ainda passará por uma segunda votação antes de ser encaminhada à sanção ou veto do prefeito.