CPI dos Pancadões retoma trabalhos e ouve PM, MC Drika e donos de bares em São Paulo

Reunião aprovou 15 requerimentos e colheu depoimentos sobre festas clandestinas e perturbação do sossego na capital paulista.

Redação - Itaquera em Notícias
07/08/2025 21h22 - Atualizado há 5 horas

CPI dos Pancadões retoma trabalhos e ouve PM, MC Drika e donos de bares em São Paulo
Imagem: Douglas Ferreira | REDE CÂMARA SP

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Pancadões retomou suas atividades nesta quinta-feira (7), após o recesso parlamentar, para analisar requerimentos e colher depoimentos de convidados. O colegiado, que apura possíveis falhas na fiscalização de festas clandestinas e eventos de grande porte que geram perturbação do sossego em São Paulo, aprovou 15 requerimentos e realizou cinco oitivas durante a reunião.

Entre os depoentes esteve o capitão da Polícia Militar Pedro Hyran Ornelas, que atua em áreas com alta incidência de chamados relacionados a bailes funk. O oficial apresentou dados sobre a redução da criminalidade com a intensificação do patrulhamento ostensivo e destacou que, apesar da diminuição dos grandes eventos, há um aumento de pequenos encontros em adegas e bares. Segundo ele, a ausência de alguns órgãos públicos nas ações de fiscalização compromete o resultado das operações.

A cantora MC Drika também foi ouvida, acompanhada de um advogado. A artista declarou que, embora não concorde com a perturbação do sossego, considera um erro criminalizar todo o movimento funk. Ela defendeu a criação de eventos organizados pelo poder público para oferecer espaços adequados de lazer à juventude das periferias, de forma a reduzir a ocorrência de festas irregulares.

Proprietários e ex-proprietários de bares e adegas relataram experiências relacionadas às fiscalizações. Houve casos de estabelecimentos autuados ou que encerraram as atividades por receio da violência associada aos eventos. Alguns admitiram não ter alvará de funcionamento, enquanto outros disseram já ter adotado medidas para evitar som alto e aglomerações nas proximidades.

Ao final da reunião, o presidente da CPI, vereador Rubinho Nunes (União), ressaltou que os depoimentos ajudaram a compreender o impacto das festas clandestinas na segurança e no sossego público. Ele afirmou que a comissão seguirá convocando envolvidos e solicitando informações para aprofundar a investigação.


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