Modelos populares com valor abaixo da média chamam a atenção de muitos compradores. É comum encontrar carros em boas condições à primeira vista, com revisões em dia e preço atrativo. No entanto, o que poucos avaliam de forma adequada é o uso anterior do veículo, e isso faz toda a diferença.
Muitos desses carros foram usados por motoristas de aplicativo e, por isso, enfrentaram rotinas intensas nas ruas. Em média, um carro particular roda entre 10 e 15 mil quilômetros por ano. Já um carro de aplicativo pode ultrapassar facilmente os 40 mil quilômetros anuais, mesmo com revisões periódicas.
Apesar de parecerem bem cuidados, esses veículos costumam ter maior desgaste em peças como suspensão, embreagem, freios e pneus, mais difíceis de identificar quando o comprador não é um especialista no assunto. Além disso, a quilometragem mais alta pode indicar menor vida útil do motor e impacto direto no valor de revenda.
Outro ponto de atenção é a frequência de uso em áreas urbanas com muitos buracos, paradas constantes e calor excessivo. Esse tipo de operação pode comprometer a durabilidade mesmo de modelos confiáveis.
Nem sempre o vendedor informa que o carro foi usado como Uber, 99 ou outro serviço. Em alguns casos, o uso é ocultado propositalmente para justificar um valor acima da média. É aí que a consulta de histórico veicular se torna essencial.
Com o número da placa, chassi ou motor, é possível verificar o padrão de uso, datas de licenciamento, possíveis passagens por frotistas ou locadoras e a frequência de revisões. Esses dados ajudam a entender melhor como o carro foi conduzido e se o valor pedido realmente faz sentido.
Os carros de aplicativo muitas vezes passam por mais de um proprietário em pouco tempo. Isso pode indicar troca frequente entre motoristas ou até tentativas de esconder problemas. Consultar o histórico ajuda a identificar se o veículo está com débitos de IPVA, licenciamento ou multas, e se há financiamento ou bloqueios judiciais.
Outro ponto importante é verificar se há passagens por leilão, o que pode impactar no seguro e desvalorizar o carro. Um modelo ex-leilão com uso como aplicativo pode acabar acumulando desvantagens mesmo com preço atrativo.
Depende. Se o veículo teve bom cuidado, manutenção documentada e o preço estiver coerente com o histórico, pode sim ser uma boa oportunidade. Mas a compra deve ser feita com base em dados, não só na aparência do carro.
A consulta ao histórico veicular, hoje facilmente acessível em sistemas como a Motor Consulta, permite visualizar o que está por trás do preço baixo e evita que o comprador leve para casa um problema disfarçado de promoção. Para quem busca tranquilidade na hora de comprar, essa verificação é uma etapa que não pode ser pulada.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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