Financiamento imobiliário deixa de ser vilão: como os juros futuros podem beneficiar quem compra agora

Portabilidade, amortização e renegociação transformam o crédito em um aliado estratégico para quem compra antes da virada do ciclo

RENAN MELLO
04/08/2025 09h40 - Atualizado há 8 horas

Financiamento imobiliário deixa de ser vilão: como os juros futuros podem beneficiar quem compra agora
Imagem Freepik

São Paulo, 4 de agosto - Mesmo com a taxa Selic ainda em patamar elevado, o financiamento imobiliário pode voltar a ser um aliado estratégico para quem deseja investir em imóveis — especialmente no mercado de alto padrão. Em vez de representar uma barreira, o crédito pode funcionar como uma ponte para oportunidades de valorização patrimonial nos próximos anos.

Segundo Katya Treiger, sócia da Ville Capital, a chave está em entender que o financiamento não precisa ser fixo ou definitivo. “O que vale hoje pode não valer amanhã. A tendência de queda nos juros cria espaço para amortizações, portabilidade de crédito com taxas melhores ou até redução do valor das parcelas mensais no futuro. Quem entrar agora, com inteligência, poderá ajustar o contrato mais adiante e manter o patrimônio em crescimento”, explica.

A lógica é clara: quem espera o ‘momento perfeito’ pode perder as melhores oportunidades do mercado. Em ciclos econômicos, imóveis continuam a ser ativos de proteção, muitas vezes, são negociados com melhores condições em períodos de incerteza.

Luanderson Novaes, CEO da All Brokers, boutique imobiliária especializada em imóveis de alto e altíssimo padrão, destaca que o movimento dos grandes investidores tem sido o de antecipar a compra, mesmo em um cenário de juros elevados.

“Muitos estão aproveitando este momento para estruturar suas carteiras com boas aquisições. Parte desses compradores têm uma visão de longo prazo e busca utilizar os altos rendimentos da renda fixa para adquirir imóveis em fase de obra, usando o financiamento como ferramenta estratégica para viabilização futura, aproveitando o fluxo facilitado de pagamento.

Já outra parcela dos compradores são os arrematadores: investidores que possuem grandes quantias aplicadas e, diante de um momento de incertezas e maior liquidez no mercado, estão adquirindo oportunidades com descontos que variam entre 20% e 35% sobre os valores praticados”, afirma Novaes.

Especialistas também lembram que, com a recente sinalização do Banco Central de encerrar o ciclo de alta da Selic, a janela para financiamentos mais vantajosos deve se abrir gradualmente nos próximos trimestres. Para quem já tiver o imóvel adquirido, a vantagem será renegociar com o bem já em valorização — um duplo ganho patrimonial.

Nesse cenário, o crédito bancário passa a ser mais do que uma necessidade: torna-se uma estratégia de entrada inteligente, especialmente para quem entende o tempo como um ativo tão valioso quanto o capital.

 

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