Brasileiros reavaliam o que é essencial ter no carrinho de compras diante da alta dos preços

Esta é uma das conclusões da pesquisa “Ouro na Prateleira”, da Reds Research, constatou também que a carne perdeu espaço nas mesas nacionais e o ovo virou protagonista. Além disso, apontou que as pessoas buscam mais equilíbrio entre economia e saúde

CLEZIA MARTINS GOMES
28/07/2025 18h57 - Atualizado há 13 horas

Brasileiros reavaliam o que é essencial ter no carrinho de compras diante da alta dos preços
Divulgação
Com a inflação dos alimentos pesando no bolso, os brasileiros estão mudando seus hábitos na hora de fazer compras no supermercado, o que impacta diretamente a cesta básica, a saúde e até as indulgências. Essa transformação foi revelada pelo estudo inédito “Ouro na Prateleira”, realizado pela REDS Research, empresa do grupo HSR, o maior grupo de pesquisa da América Latina. Conduzido entre os meses de maio e junho de 2025, o levantamento ouviu mais 2 mil pessoas em todas as regiões do país para entender como os consumidores estão reagindo à alta nos preços de alimentos e bebidas.
A pesquisa revelou que 84% dos brasileiros perceberam aumentos significativos nos preços dos alimentos, e 65% afirmam que essa alta impactou diretamente sua alimentação diária percentual que sobe para 81% entre as classes mais baixas (D/E). Frente a esse cenário, os consumidores têm reavaliado o que realmente é essencial no prato.
“Embora 93% considerem a carne um alimento importante, ela aparece apenas na quarta posição entre os itens mais consumidos durante o período da pesquisa. O destaque vai para o ovo, que assumiu o protagonismo como principal fonte de proteína. Arroz e feijão seguem firmes como a base da alimentação brasileira, enquanto o café lidera entre as bebidas mais essenciais, mesmo percebido como um dos produtos com maior alta de preço. Isto porque o café faz parte da rotina e da cultura do brasileiro.” explica Karina Milaré, CEO da Reds e líder da pesquisa.

Com parte dessa mudança de hábitos monitorados pelo estudo, nos últimos 12 meses, a CEO explica ainda que a população cortou em média sete alimentos do dia a dia, priorizando o básico. “Produtos como açúcar, laticínios, óleos e sucos industrializados foram os mais abandonados, não apenas por questões financeiras. Para 62% dos consumidores, a busca por uma alimentação mais saudável também pesa na decisão, especialmente na hora de eliminar sucos prontos e alimentos ultraprocessados”, destaca Karina.

A mudança de comportamento afetou também o local de compra visto que 53% dos entrevistados passaram a comprar em atacarejos, enquanto 70% aderiram a marcas próprias ou genéricas. Além disso, 64% reduziram gastos com lazer, roupas e restaurantes, e 40% buscaram uma renda extra para lidar com o aumento de custos. Para Karina, esses números mostram uma reação em cadeia do impacto da inflação na vida dos brasileiros.    
Alguns prazeres continuam tendo espaço: 33% dos entrevistados pretendem consumir mais chocolate nos próximos meses, apesar de 31% considerarem o item caro. O mesmo acontece com o café, cujo consumo deve aumentar para 44% dos entrevistados, com destaque para as classes mais baixas, nas quais o índice sobe para 56%.
Outra constatação foi que a nova rotulagem nutricional também influencia o que vai para o carrinho. Isso porque, 75% dos consumidores já trocaram algum produto por outro mais saudável, depois de ler alertas como “alto teor de açúcar” na embalagem e 61% afirmam que estes alertas são importantes para tomar decisões de compra.

TOP 10 alimentos considerados essenciais pelos brasileiros:
  • Arroz (94%);
  • Carnes (93%);
  • Feijão (91%);
  • Ovos (89%);
  • Frutas (87%);
  • Café (85%);
  • Hortaliças (81%);
  • Laticínios (79%);
  • Óleos e gorduras (78%);
  • Açúcar (77%);

TOP 10 alimentos mais consumidos atualmente:
  • Arroz (93%);
  • Feijão (89%);
  • Ovos (89%);
  • Carnes (87%);
  • Frutas (85%;)
  • Café (84%);
  • Laticínios (77%);
  • Hortaliças (77%);
  • Açúcar (74%);
  • Óleos e gorduras (72%).

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Clezia Martins Gomes
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FONTE: https://hsr.specialistresearchers.com.br/
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