Por décadas, cientistas vêm discutindo como pequenas inflamações, que crescem lentamente e de forma progressiva, podem estar associadas com doenças ou condições clínicas. Para explicar essa relação, no começo do século XXI o gerontólogo italiano Claudio Franceschi propôs o conceito de inflammaging, uma fusão dos termos em inglês para inflamação e envelhecimento. A teoria propõe que envelhecer desencadeia esse tipo de inflamação crônica e silenciosa que afeta todos os tecidos, inclusive a pele.
Uma revisão bibliográfica que reuniu consenso de nove especialidades médicas, publicada no PubMed em 2025, concluiu que o inflammaging desencadeia uma cascata de proteínas que levam à inflamação (chamadas citocinas), compromete a matriz extracelular e acelera a degradação do colágeno, encurtando a vida útil das células da pele. Segundo a dermatologista Patrícia Ormiga, o simples consumo de oxigênio pelas células já gera radicais livres, instaurando uma inflamação de baixo grau. Esse mecanismo natural de metabolismo produz estresse oxidativo que, acumulado ao longo do tempo, causa dano celular.
“A inflamação que surge com a idade não é só consequência, ela também impulsiona o envelhecimento. É esse ciclo contínuo que chamamos de inflammaging. E quando fatores externos como sol, fumo ou poluição entram em cena, eles potencializam essa inflamação latente, ampliando o dano e acelerando o envelhecimento da pele”, explica a dermatologista Patricia Ormiga.
A era da regeneração
Fugir dos diversos fatores que inflamam a pele, como o envelhecimento, não é uma possibilidade para a maioria das pessoas. Por isso, diz Patrícia, novas alternativas de gerenciamento dos sinais de envelhecimento precisam estar atreladas ao controle da inflamação. Desse entendimento, surge uma nova frente na medicina com foco em processos regenerativos, ou seja, que recuperam a forma e função de tecidos, além de buscar controlar os gatilhos.
Uma novidade nesse sentido é o laser ADVATx, com feixes de luz amarela que agridem menos a pele. Diferentemente de outras tecnologias a laser, essa atinge de forma seletiva áreas inflamadas e vasos dilatados. “Ele estimula as mitocôndrias, as ‘usinas de energia’ das células, a produzir mais ATP, além de reduzir as espécies reativas de oxigênio que alimentam o estresse oxidativo. Em paralelo, o laser inibe mediadores pró‑inflamatórios, interrompendo o ciclo que mantém a pele constantemente inflamada", diz a médica. “Também diminui a atividade das metaloproteinases, enzimas que degradam o colágeno, ao mesmo tempo em que incentiva a formação de fibras novas. O resultado é duplo: controlamos o inflammaging e, de quebra, preservamos e renovamos o colágeno, promovendo um rejuvenescimento real e duradouro. Mas a ação de prevenir o dano que acontece naturalmente é um grande diferencial e uma peça-chave nessa abordagem moderna de fazer com que o envelhecimento aconteça de forma mais lenta”, pontua a especialista.
O disparo controlado de ADVATx garante que a pele resfrie naturalmente entre um pulso e outro, evitando ferimentos e complicações. E o aquecimento também pode afetar a melanina, em lasers tradicionais isso implica restrições para peles mais pigmentadas e o possível surgimento de manchas. Já o laser amarelo atua diretamente na hemoglobina e é seguro para qualquer tipo de pele.
“Com o tratamento, conseguimos uma pele mais lisa, luminosa e viçosa. Em resumo: textura refinada, brilho saudável e inflamação significativamente reduzida. Além disso, ele trata manchas, acne inflamatória, rosácea e qualquer quadro de vermelhidão ou vasinhos no rosto. Até mesmo equimoses (‘roxinhos’) após procedimentos respondem muito bem. Em várias dessas situações, poucas tecnologias demonstram tanta consistência nos resultados quanto o ADVATx”, finaliza a médica.
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NATHALIE MARIA OLIVEIRA SILVA
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