Relacionamento saudável requer pessoas saudáveis

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ARTIGO
 

*Cristiane Miranda 

Jornalista, publicou o livro “Mamãe Coragem”, atualmente faz curso na área de Mediação de Conflitos 

Vivemos em um momento em que as relações pessoais se mostram cada vez mais corroídas, sem propósitos e frágeis. A tendência de todos nós é sempre apontarmos para o outro como culpado, mas a pergunta honesta que todos nós devemos fazer é: “O que eu tenho feito para me tornar uma pessoa mentalmente saudável?”. 

Nesta minha caminhada profissional e pessoal, tenho observado como as mulheres têm se queixado dos homens e, claro, como isso é verdadeiro, sem dúvidas. Mas precisamos também pontuar porque muitas mulheres entram em relacionamentos “doentios”. Porque tantas mulheres têm sofrido em relacionamentos abusivos e porque elas não conseguem sair desses relacionamentos.  

A dependência emocional é muito mais ampla do que possamos imaginar nos relacionamentos pessoais. Muitas mulheres crescem acreditando que o ‘sentimento’ pelo parceiro irá fazer toda a diferença. Sinto dizer-lhes, não, não irá fazer diferença nenhuma! Primeiro, porque precisamos desromantizar o amor, pois amor não é um sentimento, mas sim uma escolha, e isso implica em muitas coisas como pequenas renúncias diárias (do homem e da mulher), implica em querer se autoconhecer para conhecer sua melhor versão e, assim, colocar tudo isso nesse caldeirão para que a relação seja bem-sucedida.  

Essa busca pessoal e amadurecimento é que irá fazer toda a diferença, porque pessoas ruins e sem caráter certamente, um dia, aparecerão no seu rol de opções para se relacionar. Mas acredito que antes de querermos encontrar o parceiro para toda a vida, ou pelo menos que vá nos acompanhar em uma determinada fase, é preciso estarmos bem com a gente, gostar de ficar sozinha, gostar da versão que se apresenta no espelho. 

A vida é tão cheia de opções, de possibilidades e de escolhas que creio ser um desperdício “dar murro em ponta de faca”, como diziam nossas mães e avós. Sair de relacionamentos abusivos ou aquelas relações que não têm futuro não é fácil, pois implica muitas coisas, mas não é impossível. Procurar grupos de ajuda, um terapeuta, psicanalista, psicólogo, o que for, é sempre o primeiro passo. E, atualmente, as opções como terapias on-line permitem um acesso maior, sem muitos custos. 

Só podemos ter relacionamentos saudáveis quando estamos também saudáveis mentalmente: quando conseguimos entender que nossa mente é a nossa maior fortaleza.   

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CRISTIANE FABIOLA MIRANDA MALHEIROS
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