Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho destaca desafios nas empresas brasileiras

25/07/2025 12h34 - Atualizado há 23 horas

Com a chegada do Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de Trabalho, em 27 de julho, o tema volta a chamar a atenção devido a um cenário preocupante. O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou que o Brasil registrou 724.228 acidentes de trabalho apenas em 2024, equivalente a quase dois mil casos por dia. O levantamento aponta que 74,3% dos acidentes registrados no ano passado ocorreram diretamente no ambiente de trabalho, enquanto 24,6% ocorreram durante o trajeto do colaborador. 

Além disso, a classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) aponta que os líderes no índice de acidentes e afastamentos são a indústria, construção civil, transporte, saúde e comércio, além de obras de infraestrutura. O resultado disso é que na maioria dos casos, os acidentados foram afastados por até 15 dias, enquanto quase 12% precisaram se afastar por períodos superiores, o que, além do dano causado às pessoas, resulta em prejuízos para as empresas. 

Para especialistas da área, a maior parte desses acidentes poderia ser evitada com o fortalecimento de uma cultura organizacional voltada à prevenção, aliada à adoção de tecnologias e capacitação técnica contínua.

"Ainda há um grande desafio cultural nas empresas: a segurança não pode ser tratada como custo, e sim como investimento em produtividade, integridade física e sustentabilidade das operações", aponta Rogério Baldauf, diretor superintendente da Schmersal no Brasil. "Quando a segurança é incorporada desde o projeto das máquinas até a rotina de operação, os resultados aparecem na forma de menos acidentes, menos afastamentos e mais eficiência", complementa. 

A recomendação é a adoção de uma série de medidas preventivas que envolvem desde ações simples até mudanças estruturais nas organizações. A realização de treinamentos periódicos de segurança, a implementação de programas de análise e gestão de riscos, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de proteção coletiva (EPCs) adequados e em bom estado, além da revisão constante de processos operacionais estão entre as principais sugestões dos especialistas. 

Contudo, a participação ativa de líderes e colaboradores na identificação de perigos e na construção de ambientes mais seguros também é essencial para consolidar uma cultura de prevenção sólida e eficaz.

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RICARDO KIYOSHI SYOZI
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