O setor de portaria terceirizada registrou crescimento expressivo no primeiro semestre de 2025, com alta de 38% na contratação de serviços por empresas e condomínios em todo o país. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Segurança (Abeseg) apontam que a terceirização se tornou uma resposta direta ao aumento da violência urbana e à busca por soluções que aliem custo-benefício e tecnologia.
O modelo, que antes era mais comum em empreendimentos de grande porte, agora é adotado também por pequenas e médias empresas. Com a automatização de processos e a redução da carga tributária em comparação à contratação direta, a terceirização de serviços de portaria tem se mostrado uma alternativa vantajosa para quem busca profissionalismo sem comprometer o orçamento.
“Terceirizar o serviço de portaria não é apenas uma questão de economia, mas de estratégia. O cliente não precisa se preocupar com treinamento, folha de pagamento, substituições ou licenças médicas. Tudo isso é responsabilidade da empresa terceirizada, o que garante mais tranquilidade e eficiência para o contratante”, explica Renan Rodrigues, CEO da empresa de Portaria e Segurança Murin Sects, que atua no setor desde 2010. Segundo ele, o segredo está na escolha de uma prestadora que tenha certificações atualizadas e protocolos rígidos de controle.
As portarias para empresas passaram a incorporar recursos de inteligência artificial, reconhecimento facial e controle remoto de acesso, o que reduziu incidentes e ampliou a sensação de segurança. Além disso, houve crescimento na oferta de serviços personalizados, com atuação 24h, monitoramento em tempo real e integração com sistemas internos de gestão empresarial.
Já no segmento residencial, a portaria para condomínios tem ganhado força, principalmente em bairros periféricos e regiões metropolitanas. Segundo levantamento recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 72% dos síndicos entrevistados afirmaram que a terceirização da portaria resultou em mais segurança e menos conflitos internos entre moradores e porteiros contratados diretamente.
Apesar dos avanços, especialistas alertam para a importância de avaliar com cautela os contratos. A recomendação é observar cláusulas de reposição de pessoal, plano de contingência e a política de compliance da empresa prestadora. Com o aumento da demanda, também cresceu o número de empresas informais que oferecem o serviço sem cumprir as exigências legais.
O mercado de segurança terceirizada também vem se reinventando. Hoje, as empresas não oferecem apenas vigilância física, mas um pacote integrado de proteção patrimonial, com tecnologia de ponta, rastreamento de acesso e até rondas virtuais. A digitalização dos serviços e a adaptação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se tornaram diferenciais competitivos.
Para os especialistas, a tendência é que a terceirização continue em ascensão nos próximos anos. A adoção desse modelo tem se mostrado uma solução pragmática para empresas que precisam otimizar recursos e manter o foco em sua atividade principal. Diante de um cenário econômico ainda instável, apostar em soluções inteligentes e seguras pode ser o diferencial entre crescer e estagnar.
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Renan Rodrigues de Souza
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