Narrativas negras: filmes de Luiza Botelho participam do 32º Festival de Cinema de Vitória
O curta 'Bela Lx-404' e o videoclipe
Isidoro B. Guggiana
12/07/2025 20h40 - Atualizado há 1 dia
Videoclipe "Kel Dia", com a artista Zubikilla Spencer - crédito: Divulgação/Casa de Criação Cinema
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Luiza Botelho. o curta
"Bela LX-404" e o videoclipe
"Kel Dia", com a artista Zubikilla Spencer, estão na seleção oficial do prestigiado
Festival de Cinema de Vitória, que acontece de 19 a 24 de julho de 2025. O primeiro passa no dia 22 de julho, às 14h, na Sala Marien Calixte, no Sesc Glória, enquanto o segundo será exibido no dia 23, às 14h, no mesmo local. "Kel Dia" faz sua première no festival capixaba.
Luiza Botelho é conhecida por seus trabalhos que desafiam narrativas hegemônicas e reimaginam a arte do cinema, com foco em experiências negras e indígenas. Ela é filha e sócia do cineasta Joel Zito Araújo e produtora de alguns de seus filmes.
"Bela LX-404" é um curta afro-futurista protagonizado pela atriz Léa Garcia (1933-2023) em seu último trabalho. Na trama, o Sr. William (Thiago Justino), um velho rabugento e solitário, compra uma robô-esposa esperando um modelo jovem e atraente. Em vez disso, ele recebe a Bela LX-404 (Lea Garcia), uma robô com aparência de 80 e poucos anos. Enquanto ele tenta devolvê-la, eventos surpreendentes podem ocorrer envolvendo o Sr. William, a Bela LX-404 e Zezinho, o porteiro trans do prédio onde ele mora. O filme conquistou cinco prêmios nacionais e internacionais, incluindo o prêmio de Melhor Curta-metragem de Ficção em um evento qualificatório para o Oscar, o Pan African Film Festival.
Já "Kel Dia" é um videoclipe lúdico e mágico que conecta Brasil e África, com a cantora cabo-verdiana Zubikilla Spencer e o ator Lázaro Ramos. No filme, Zubikilla adormece lendo e é levada por um portal para uma praia paradisíaca, onde vê-se num barco com o ator brasileiro. A artista canta e dança em cenários deslumbrantes, mergulha no oceano e evoca a espiritualidade dos Orixás - Iemanjá, Oxum, Oxalá e Oxóssi. Entre música, mar e divindades, Lázaro amarra uma fita do Senhor do Bonfim em Zubikilla e um desejo é selado. Mas foi sonho ou realidade? A produção foi gravada em Mindelo na ilha de São Vicente, Cabo Verde.
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ISIDORO BECKER GUGGIANA
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FONTE: Patrícia Rabello