Férias escolares: menos telas, mais brincadeiras

Especialista da Fapi alerta para os efeitos do uso excessivo de celulares no desenvolvimento infantil

HUMBERTO DOMICIANO
30/06/2025 11h09 - Atualizado há 10 horas

Férias escolares: menos telas, mais brincadeiras
Divulgação (Imagem gerada por IA)

Com a chegada das férias escolares e das baixas temperaturas, que limitam as atividades ao ar livre, o desafio de manter as crianças engajadas em brincadeiras construtivas torna-se ainda mais urgente diante dos efeitos do uso excessivo de telas como celulares e tablets.  

Marta Mondini, Coordenadora de Pedagogia do Centro Universitário Fapi, alerta para os efeitos negativos da exposição prolongada a dispositivos digitais no desenvolvimento cognitivo, físico e emocional dos pequenos, e reforça a importância de atividades lúdicas alternativas.  

“O uso excessivo de telas pode limitar a exploração prática de objetos, brinquedos e jogos, reduzir as interações sociais, levando ao isolamento, além do risco de exposição das crianças a conteúdos inapropriados”, explica Marta. “Além disso, há sinais físicos como irritação nos olhos, dores cervicais por má postura, dores de cabeça e baixa qualidade do sono”, complementa. 

  

Brincadeiras criativas   

Mesmo com o frio, é possível oferecer uma gama de atividades lúdicas e divertidas dentro de casa, muitas delas com poucos recursos. A chave é a criatividade e o uso de materiais que já se tem à disposição. "É totalmente possível fazer isso gastando pouco, utilizando materiais recicláveis, papel sulfite, lápis de cor, e até mesmo massinha de modelar caseira feita com farinha de trigo e corantes", afirma Marta Mondini.  

Para inspirar as famílias, a docente separou algumas sugestões de brincadeiras que podem ser adaptadas para diferentes faixas etárias: 

Para os menores (até 6 anos):  

  • Oficinas de massinha de modelar: Estimula a coordenação motora fina e a criatividade. 

  • Construção de brinquedos com materiais recicláveis: Caixas de papelão viram carros, foguetes ou casinhas.  

  • Oficina de desenhos, recortes e colagem: Desenvolve a expressão artística e a coordenação.  

  • Casinha: Brincadeira de faz de conta que estimula a imaginação e a interação.  

  • Estátua: Divertida e ajuda no controle corporal.  

   

Para os maiores (a partir de 6 anos):  

  • Caça ao tesouro: Estimula o raciocínio lógico e a resolução de problemas.  

  • Jogos de tabuleiro ou de cartas: Promovem a interação e o pensamento estratégico.  

  • Batata quente, Stop, Forca, Telefone sem fio, Dança das cadeiras, Jogo da mímica, Seu mestre mandou: Clássicos que garantem risadas e interação social.  

  • Construção de brinquedos mais elaborados: Com materiais recicláveis, podem criar labirintos, jogos de arremesso, etc.  

  • Brincadeiras de acampamento dentro de casa: Com lençóis e almofadas, criam um ambiente mágico.  

  

Equilíbrio sem culpa: o papel dos pais  

Para os pais, o desafio é equilibrar o uso das telas sem gerar culpa ou frustração. A chave está na comunicação e na definição de limites claros. “É necessário estabelecer limites para o uso das telas no cotidiano da criança, explicando os motivos e mostrando como isso beneficia sua saúde física e mental ao favorecer o equilíbrio com o tempo de brincadeira”, ressalta Marta Mondini.  

A Sociedade Brasileira de Pediatria oferece diretrizes claras para o tempo de tela recomendado por faixa etária:  

  • Até 2 anos: Não usar nenhuma tela.  

  • 2 a 6 anos: Até uma hora diária de utilização das telas.  

  • 6 a 11 anos: Até 2 horas de utilização diária de telas.  

  • 12 a 18 anos: Até 3 horas de utilização diária de telas.  

Ao oferecer alternativas lúdicas e incentivar a exploração do mundo real, as famílias contribuem significativamente para o desenvolvimento integral das crianças, garantindo férias mais saudáveis, criativas e memoráveis. 

 

 

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