Selic alta: entenda como ela afeta os investimentos
Especialista em finanças explica as opções mais favoráveis para aplicar seu dinheiro
REDAÇÃO
24/06/2025 13h54 - Atualizado há 1 mês
Luciana Ballesteros CRÉDITO Cristiano Assis
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) alcançou seu maior patamar desde 2006, está em 15% ao ano. Definida a cada 45 dias para controlar a inflação, a taxa básica de juros impacta o consumo dos brasileiros, os investimentos e o mercado de crédito. “A Selic é o principal instrumento de política monetária do país, uma referência para todas as outras taxas de juros. Ela afeta aplicações financeiras, incluindo debêntures e CDBs (Certificado de Depósito Bancário), aumentando o custo de capital dos emissores – bancos e empresas. Ter uma taxa alta como agora, a maior em quase 20 anos, desestimula investimentos na economia real impactando o PIB (Produto Interno Bruto). Para efeito de comparação, em 2020 a Selic chegou ao seu menor nível histórico, de 2% ao ano, mas desde então vem em uma crescente na tentativa de conter a inflação”, explica Luciana Ballesteros, fundadora e diretora da Financial Experts e especialista em finanças. A alta dos juros é favorável para credores que recebem uma rentabilidade maior e negativo para os devedores que pagam os juros. “Quando alguém investe em títulos públicos do governo, recebe como remuneração a taxa Selic. Como esses são os investimentos mais seguros do país, para que tenha estímulo de correr mais risco e investir em outros ativos, é necessária uma remuneração acima da taxa Selic, um prêmio de risco. Então, no momento atual que a Selic está em 15%, qualquer investidor vai pedir um retorno, por exemplo, de 20% para colocar seu dinheiro em algo que tenha mais risco”, ilustra a especialista em finanças. Agora, a tendência é que as pessoas invistam na renda fixa, como descreve Luciana Ballesteros. “Tesouro, CDBs, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e debêntures são algumas das opções. É importante avaliar a opção mais adequada ao perfil de risco e liquidez de cada um. Já em momentos que a Selic está baixa, é natural que o investidor procure ativos mais arriscados como opções de renda variável (ações, criptoativos, fundos imobiliários) ou invistam na economia, abrindo negócios, comprando imóveis em busca de retornos maiores”, sugere. De acordo com a fundadora da Financial Experts, um erro comum é o investidor achar que existe um melhor investimento, quando sempre é necessário montar uma carteira diversificada e alinhada com o risco, objetivo e prazo. “É fundamental um diagnóstico inicial e planejamento para montar a carteira, que deve ter vários produtos de investimentos de renda fixa e variável, considerando, claro, os ciclos econômicos quando algumas classes de ativos ficam mais atrativas”, descreve. “Por fim, um ponto de atenção especialmente no cenário atual é lembrar da tributação. Quando investimos, precisamos analisar a rentabilidade líquida, descontando impostos e custos de investimentos. Estamos passando por um momento no nosso país que estão sendo discutidas diversas mudanças que podem ter grande impacto no retorno dos produtos”, completa Luciana Ballesteros. Sobre a Financial Experts Fundada em 2019 por Luciana Ballesteros — administradora com especialização em finanças —, a Financial Experts (Alameda Oscar Niemeyer, 288/601, Vale do Sereno – Nova Lima) nasceu com uma missão transformadora: levar educação financeira de qualidade para jovens a partir dos 12 anos. Primeira escola do Brasil com esse foco, surgiu da inquietação da Luciana ao perceber o quanto a falta de conhecimento financeiro impacta negativamente a vida das pessoas, que fazem escolhas financeiras ruins, muitas vezes sem saber, e perdem dinheiro. A Financial Experts acredita que, quanto mais cedo aprendemos a lidar com o dinheiro, maiores são as chances de construir um futuro equilibrado, consciente e próspero. De acordo com uma pesquisa do Banco Central e do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), em uma escala de 0 a 100, o nível médio de letramento financeiro dos brasileiros é de 59,6. O índice considerou comportamento financeiro, atitude ao fazer escolhas financeiras e conhecimento sobre finanças. Em relação aos jovens, um levantamento feito pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), concluiu que 45% dos adolescentes brasileiros de 15 anos apresentam baixo desempenho na alfabetização financeira, colocando o Brasil na 18ª posição na lista que conta com 20 países e economias. Para Luciana Ballesteros, a educação financeira tem o poder de transformar a vida das pessoas. “Esse conhecimento muda a forma de lidar com o dinheiro, baseada no entendimento do seu verdadeiro valor e na autonomia para fazer escolhas conscientes. Afinal, fazemos escolhas financeiras diariamente, desde o café que tomamos na esquina e o almoço fora de casa, a escolhas maiores, como a compra de um imóvel ou como investimos o nosso dinheiro”, destaca. Com uma equipe formada por professores qualificados, com certificações nacionais pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e CFP® (Certified Financial Planner), a escola já formou mais de 200 adolescentes nos cursos. O sucesso da sua metodologia diferenciada, com uma abordagem dinâmica, descomplicada e contextualizada com situações do dia a dia, atraiu o interesse de outros públicos. A escola desenvolveu outros dois cursos, o Financial Master, para jovens de 17 a 29 anos, e Finanças para Elas, destinado a mulheres que desejam ser capazes de tomar decisões assertivas de investimento do seu próprio dinheiro. Além disso, a Financial promove encontros mensais com profissionais do mercado financeiro para apresentar cases e trazer vivência real ao programa. As turmas são reduzidas para garantir a qualidade, atenção plena e interação, e as aulas ocorrem uma vez por semana. Mais informações: linkedin.com/company/finexperts | @financial_oficial. Sobre Luciana Ballesteros Graduada em Administração de Empresas pelo Ibmec, pós-graduada em Finanças pela Fundação Dom Cabral, especialização em Finanças pela Universidade de Berkeley, na Califórnia.
Luciana Ballesteros tem mais de 20 anos de experiência na área financeira, em mesa de operações em banco multinacional, empresas nacionais e multinacionais e como gestora de investimentos. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
RAQUEL GUIMARAES MORENO
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FONTE: Luciana Ballesteros CRÉDITO Cristiano Assis