Industrialização e tecnologia podem aumentar produtividade na construção civil
Apesar de ocupar espaço relevante na economia, o setor ainda é manufaturado e precisa de parceiros para desenvolver projetos integrados para trazer velocidade para os canteiros
Milena Santos
18/06/2025 14h28 - Atualizado há 8 horas
Divulgação Orpec
A baixa produtividade é um dos desafios da construção civil no Brasil, que carece de industrialização para driblar obstáculos como a falta de mão-de-obra qualificada, o custo relativamente alto da força de trabalho, a falta de inovação, além da burocracia, que dificulta o processo de licenciamento das obras. A avaliação é de Alexandre Pandolfo, Head de Operações da Associação Brasileira Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso (ABRASFE).
Ele acredita que a construção civil no Brasil está paralisada na década de 1980, porque ainda é arcaica e pouco racionalizada o que não faz mais sentido na atualidade. “Apesar do setor ocupar espaço relevante na economia nacional, resiste em incorporar processos novos de produção para finalmente entrar no século 21. E esse é o “calcanhar de Aquiles” da construção civil”, afirma Pandolfo.
Ele acrescenta, inclusive, que a Inteligência Artificial redesenhou como se projeta, planeja e até executa uma obra. “Em outros países, já há máquinas que trabalham sozinhas e cronogramas que se ajustam em tempo real para diminuir desperdícios. Os exoesqueletos já ajudam os operários a carregarem pesos. O futuro na construção civil já começou e as empresas que insistirem em se manter no passado vão perder competividade”, salienta Pandolfo.
Para ele, uma das saídas para aumentar a produtividade do setor é investir em tecnologia. Uma delas é o sistema construtivo modular, capaz de atacar em três frentes: reduz o tempo, a mão de obra e garante previsibilidade de custos. “A modularização permite construir edifícios em módulos padronizados, que podem ser fabricados em grande escala e montados nos canteiros de obras. Esses materiais industrializados proporcionam velocidade e qualidade de produção”, pontua o Head de Operações da ABRASFE.
Para que essa industrialização ocorra, entretanto, o setor precisa trabalhar em projetos integrados, que envolvam as partes interessadas desde as fases iniciais de uma obra para otimizar a construção e evitar retrabalho. “É necessário criar parcerias com indústrias para a produção de componentes e sistemas, além de estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias e materiais para industrializar a construção”, destaca Alexandre Pandolfo.
A paranaense Orpec já está inserida neste contexto e lançou o Alupec: um sistema exclusivo para o escoramento de lajes maciças, planas e protendidas, e alia alta resistência, agilidade e economia em cada etapa da obra. O sistema de escoramento metálico é leve, de fácil montagem, alta produtividade e máxima segurança. “Com ele quatro colaboradores conseguem fazer 40 m² por hora e finalizar quatro lajes por mês. É leve e a montagem é intuitiva”, destaca Júlio Mouro, diretor de operações da Orpec.
O Alupec combina perfis de alumínio com escoras metálicas reforçadas para formar um conjunto ideal para grandes obras e também para canteiros otimizados. Por ser compatível com vários tipos de escora metálica e andaime, amplia a flexibilidade no canteiro.
A Orpec atua em serviços industriais, infraestrutura, edificações e grandes eventos. O parque fabril de 72 mil metros quadrados, possui uma capacidade instalada de 300 toneladas por mês e a fabricação de uma escora a cada três minutos.
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MILENA VITÓRIA PEREIRA DOS SANTOS
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