Se antes o caminho da empreendedora era solitário e cheio de tentativa e erro, hoje a aprendizagem ganhou novos contornos — mais ágeis, colaborativos e acessíveis. Um dos principais motores dessa transformação? As experiências híbridas, que unem o digital ao presencial para criar jornadas de aprendizado mais completas e potentes.
De acordo com o relatório GEM, o Brasil está entre os países com maior número de mulheres empreendedoras no mundo. São mais de 30 milhões de brasileiras empreendendo, e mais da metade delas afirma buscar formas alternativas de aprendizado para crescer de maneira mais estratégica. Esse novo perfil não quer apenas "fazer", mas aprender com propósito, com troca, com comunidade.
Foi assim com Anna Karolina Ribeiro, que em 2020 viu sua proposta de curso presencial para formação de babás — o Babá Ideal — ser interrompida pelo isolamento social. “A pandemia obrigou a migração para o digital. Mas, mais do que um plano B, o online virou uma grande oportunidade”, explica Anna. O que seria um curso local ganhou alcance internacional, com alunas em Portugal e Angola, graças às trilhas digitais, aulas gravadas e bônus virtuais. E quando o presencial voltou, a experiência prática veio como reforço, aprofundando a conexão. “O digital me deu escala. O presencial, impacto real. Descobri que o híbrido não é adaptação — é expansão.”
Esse tipo de virada, que mistura conteúdo online com trocas humanas presenciais, tem se repetido em diferentes histórias de empreendedoras brasileiras. Para Jordana Shimada Trajano Lara, advogada de família, a experiência híbrida nasceu de um hábito simples: ouvir o podcast ResumoCast. “Os livros que mais me impactavam nos episódios, eu comprava para ler por inteiro. Isso mudou completamente minha forma de aprender. Passei a aplicar conceitos na prática, a questionar decisões, a empreender de forma mais consciente”, relata.
Esse modelo — em que o digital desperta a curiosidade e o presencial consolida a ação — vem ganhando o coração e a mente das empreendedoras. E não estamos falando apenas de cursos. Mentorias com encontros online e presenciais, podcasts que geram comunidades locais, grupos que se conectam via WhatsApp e se encontram em eventos presenciais, tudo isso compõe o que especialistas chamam de ecossistema de aprendizagem híbrido.
Segundo um estudo da McKinsey & Company, 78% das mulheres empreendedoras preferem formatos híbridos para aprendizagem contínua, por permitirem flexibilidade e, ao mesmo tempo, conexão emocional. Esse tipo de estrutura fortalece o que a educação tradicional muitas vezes não alcança: o senso de pertencimento e o networking qualificado.
No fim das contas, como resume Anna Karolina:
“Hoje, acredito que o aprendizado empreendedor se fortalece justamente nessa junção: o digital amplia, o presencial aprofunda.”
Contribuíram para esta matéria:
Anna Karolina Ribeiro, fundadora da Agência Espaço Mamma e do Método Babá Ideal - Instagram: @espacomamma
Jordana Shimada Trajano Lara, advogada de família - Instagram: @jordana.trajano.comunicacao
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ROBERTA FABIANI DA TRINDADE
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