Vacinação de Cães e Gatos: Protocolo Essencial de Medicina Preventiva Veterinária Salva Vidas e Protege Famílias Brasileiras
Mercado Pet de R$ 77 Bilhões Demanda Conscientização sobre Importância da Imunização: Veterinário Explica Diretrizes Atualizadas pela Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais e Benefícios do Atendimento Domiciliar
PRISCILA GONZALEZ
17/06/2025 07h48 - Atualizado há 2 semanas
Marcelo Müller
Entre tantos atos de amor que um tutor pode oferecer a um pet, poucos são tão importantes quanto a vacinação. Em um mercado que movimentou R$ 77 bilhões em 2024, um crescimento de 12% em relação a 2023, a medicina preventiva veterinária se torna ainda mais crucial para proteger a crescente população de animais de estimação no Brasil. A vacinação não é apenas uma obrigação; é um compromisso com a vida, com o bem-estar e com a saúde coletiva — tanto dos animais quanto das pessoas. "A vacinação é a base da medicina preventiva veterinária. Ela não protege apenas o pet que recebe a dose, mas também toda a comunidade onde ele vive. É uma atitude de amor, responsabilidade e consciência", destaca o médico-veterinário Dr. Marcelo Müller, mestre em Pesquisa Clínica e com atuação voltada para bem-estar animal e atendimento domiciliar. Por que vacinar salva vidas? Doenças como cinomose, parvovirose, leptospirose, hepatite infecciosa e raiva não só continuam circulando em muitas regiões do Brasil, como também podem ser fatais. No caso dos gatos, panleucopenia felina, rinotraqueíte viral felina, calicivirose felina e clamidiose representam riscos sérios à saúde e à vida. "São doenças graves, muitas vezes silenciosas no início, mas que podem evoluir rapidamente. A maioria delas não tem cura específica, apenas tratamento de suporte. Por isso, prevenir é infinitamente mais seguro, mais humano e, sem dúvida, mais econômico", explica Dr. Marcelo. Protocolos Individualizados Baseados em Diretrizes Científicas Cada animal tem um histórico, uma rotina, uma condição de saúde e um ambiente específico. O protocolo vacinal deve ser determinado pelo médico veterinário levando em consideração o estilo de vida do cão, idade, história, dentre outros fatores, seguindo as diretrizes internacionais mais recentes. "O atendimento domiciliar permite que eu avalie o ambiente onde o animal vive, seus hábitos, sua exposição a riscos, e, com isso, monte um plano vacinal sob medida. Isso é cuidado de verdade, não uma aplicação automática de vacinas", reforça o veterinário. Atendimento Domiciliar: Redução do Estresse e Melhoria do Bem-Estar O atendimento veterinário domiciliar oferece vantagens significativas além da praticidade. Evita o estresse do deslocamento, da espera, dos cheiros e ruídos desconhecidos das clínicas veterinárias. "O pet não associa o momento da vacinação a um evento traumático. Ele recebe o cuidado no espaço onde se sente seguro, com as pessoas que ama, de forma tranquila, acolhedora e sem ansiedade", explica Dr. Marcelo. O veterinário ainda destaca que, ao vacinar em casa, há a oportunidade de observar detalhes da rotina que podem impactar a saúde do pet, além de tirar dúvidas dos tutores com calma e oferecer orientações personalizadas sobre nutrição, comportamento e cuidados gerais. Vacinas Essenciais: Protocolo Atualizado Para cães: Vacinas Essenciais (Core): - V8 ou V10: Protege contra cinomose, parvovirose canina, adenovírus canino tipo 1 e 2, parainfluenza canina e leptospirose
- Antirrábica: Obrigatória por lei, protege contra a raiva — zoonose fatal
Vacinas Opcionais (Non-core) conforme avaliação de risco: - Gripe canina (tosse dos canis)
- Giardíase
- Leishmaniose (em regiões endêmicas)
Para gatos: Vacinas Essenciais (Core): - V3, V4 ou V5: Protegem contra rinotraqueíte viral felina (herpesvírus felino tipo 1), calicivirose felina, panleucopenia felina e clamidiose (dependendo da versão)
- Antirrábica: Obrigatória por lei e essencial para saúde pública
Vacinas Opcionais (Non-core): - Leucemia felina (para gatos com acesso à rua)
- Peritonite infecciosa felina (FIP)
Cronograma de Vacinação Baseado em Evidências Científicas Filhotes: A recomendação do WSAVA é que o protocolo de primovacinação em filhotes não seja encerrado antes da 16ª semana de vida, e que se inicie entre a 6ª e a 9ª semana, podendo o intervalo entre as doses ser de 3 ou 4 semanas. Protocolo recomendado: - Primeira dose: 6 a 8 semanas de vida
- Doses subsequentes: a cada 3-4 semanas até 16 semanas de idade
- Antirrábica: após 12 semanas de idade
- Reforço adicional aos 6 meses de idade (nova recomendação WSAVA)
Adultos: - Reforço anual para manter a imunidade ativa
- Avaliação individual do protocolo conforme estilo de vida e exposição a riscos
Medicina Preventiva Salva Vidas e Economiza Recursos Dr. Marcelo alerta: "O maior erro dos tutores é negligenciar o reforço anual. A proteção imunológica não é eterna. Quando o reforço não é feito, a imunidade cai e o animal volta a estar vulnerável a doenças potencialmente fatais." Dados do setor veterinário mostram que o custo da prevenção através da vacinação é significativamente menor que o tratamento de doenças infecciosas, que podem exigir internação, medicamentos de alto custo e, ainda assim, ter prognóstico reservado. Impacto da Vacinação na Saúde Pública A vacinação de animais de estimação tem impacto direto na saúde pública, especialmente na prevenção de zoonoses como a raiva. O Brasil mantém programas de vigilância epidemiológica que dependem da cobertura vacinal adequada da população de cães e gatos. "Vacinar não significa apenas proteger contra doenças infecciosas. É uma oportunidade de avaliar o animal, revisar seu estado geral de saúde e reforçar os pilares do bem-estar animal", ressalta o veterinário. Conclusão: Medicina Preventiva como Pilar do Bem-Estar Animal Vacinar é mais do que um ato de prevenção. É um gesto de amor, de respeito e de responsabilidade científica com aquele que faz parte da família. Em um mercado pet em constante crescimento, a conscientização sobre a importância da medicina preventiva veterinária se torna fundamental. "A vacinação não começa na seringa, e não termina no carimbo da carteirinha de vacinação. Ela começa na consulta veterinária cuidadosa, na avaliação individual de cada paciente, na orientação aos tutores. E quando ela é feita no ambiente onde o pet se sente seguro, com acolhimento e respeito aos protocolos científicos, seu valor se torna ainda maior", conclui Dr. Marcelo Müller.
Sobre o Dr. Marcelo Müller: Médico-veterinário com mestrado em Pesquisa Clínica, especializado em bem-estar animal e atendimento domiciliar veterinário. Atua com protocolos baseados nas diretrizes internacionais mais atualizadas para medicina preventiva em pequenos animais.
Dr. Marcelo Müller Instagram: @marcelomullervet
Site: marcelomullervet.com.br
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