A Jornada Inspiradora de Elder Farias no Mundo da Beleza

ANA LOPES|AL9 COMUNICAçãO
16/06/2025 22h39 - Atualizado há 13 horas

A Jornada Inspiradora de Elder Farias no Mundo da Beleza
Divulgacão

ENTREVISTA ELDER FARIAS

 

Apresentação e trajetória

Quem é o Elder Farias por trás das tesouras?

Sou um sonhador incansável. Nascido no morro do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, vivi uma infância simples, mas cheia de alegria. Passei por muitos altos e baixos — fui office boy, supervisor de indústria, e até técnico em radiologia. Mas a paixão pelos cabelos me reconectou com minha essência. Por trás das tesouras existe um homem que acredita na beleza como instrumento de transformação e autoestima.

 

Como e quando você decidiu entrar para o mundo da beleza e da estética capilar?

Foi ainda jovem, assistindo a um programa de TV, que descobri a minha verdadeira paixão: os cabelos. Aquilo me despertou, e eu entendi que queria trabalhar com beleza. Abandonei a estabilidade, mas a insatisfação de um emprego e mergulhei de cabeça nesse universo.

 

O que te levou a se especializar justamente em mega hair?

O mega hair tem um poder transformador. É mais do que estética: é devolver confiança, feminilidade e autoestima. Vi o impacto que essa técnica causava nas mulheres e decidi me aprofundar, criar meu próprio estilo e hoje procuro oferecer sempre o melhor resultado possível.

 

Atuação nos Estados Unidos

Como foi o processo de levar seu trabalho para os Estados Unidos?

Foi um recomeço desafiador. Em 2016 visitei Boston e me apaixonei pela cidade. Em 2018, com coragem, fui tentar a vida lá — mesmo como imigrante ilegal. Trabalhei de faxineiro a lavador de pratos, até conseguir uma vaga em um salão. A cada dólar economizado, investi em cursos. Depois de algum tempo abri meu próprio espaço, me regularizei e hoje sou um profissional muito respeitado na minha área.

 

Quais são as principais diferenças que você percebe entre o mercado americano e o brasileiro nesse segmento?

O mercado americano valoriza muito a especialização e o profissionalismo, mas carece da sensibilidade artística que o brasileiro tem. No Brasil, o contato é mais humano, mais próximo. Já nos EUA, os resultados falam mais alto. Aprendi a equilibrar os dois mundos.

 

Como é atender públicos tão diversos, com culturas e expectativas tão diferentes?

É um exercício constante de empatia. Cada pessoa carrega um universo cultural e emocional. Aprendi a ouvir, entender e me adaptar. Isso me tornou um profissional mais completo e sensível.

 

Clientes e Transformações

Como é ver a autoestima dos clientes sendo restaurada por meio do seu trabalho?

É emocionante. Cada transformação é única. Às vezes, um simples alongamento devolve brilho ao olhar de alguém que estava apagado. Isso não tem preço.

 

Qual foi a reação mais emocionante que você já presenciou depois de uma aplicação?

Já vi clientes chorarem de emoção ao se olharem no espelho. Uma delas, que havia perdido os cabelos por questões de saúde, me abraçou e disse: “Você me devolveu quem eu era”. Isso ficou marcado em mim.

 

Formação e Educação

O que você considera essencial para um profissional se destacar nesse mercado?

Dedicação, humildade e atualização constante. Não basta ter técnica: é preciso ter paixão, escutar o cliente e entregar além do esperado. Quem estuda e ama o que faz, naturalmente se destaca.

 

Negócio e marca pessoal

Qual o papel das redes sociais no crescimento do seu negócio?

Foram fundamentais. Elas me deram visibilidade, me aproximaram dos clientes e ajudaram a construir autoridade. Mostro meu dia a dia, os bastidores, os resultados. Isso gera confiança e humaniza meu trabalho.

 

Para quem deseja internacionalizar a carreira, que conselhos você daria?

Se prepare tecnicamente e emocionalmente. No início é difícil. Mas com persistência, estudo e planejamento é possível. Nunca desista. O talento brasileiro é muito valorizado fora do Brasil.

 

Futuro e sonhos

Você pensa em voltar a atuar no Brasil ou pretende expandir ainda mais sua presença nos EUA?

Tenho muito carinho pelo Brasil, onde tudo começou, e não descarto voltar a atuar aí. Mas meu foco agora é expandir nos EUA e realizar meu sonho: abrir uma escola de cabeleireiros e deixar um legado.

 

Você se considera um profissional realizado ou ainda há muito a realizar?

Me sinto realizado, sim — mas inquieto. Ainda quero ensinar, formar novos profissionais, devolver ao mundo tudo o que aprendi com a vida.

 

Como você quer ser lembrado na sua trajetória profissional?

Como alguém que transformou vidas por meio da beleza. Que usou a tesoura como ferramenta de autoestima, empoderamento e esperança.

Viviane Constância | Redação 


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