ANS avalia incorporação de novo tratamento para rinossinusite crônica com pólipos nasais
Doença afeta milhares de brasileiros e está associada à obstrução nasal, cirurgias repetidas e queda na qualidade de vida
THIAGO NASCIMENTO
13/06/2025 15h20 - Atualizado há 12 horas
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A rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN), popularmente conhecida como sinusite com pólipos nasais, é uma inflamação persistente dos seios da face caracterizada pelo surgimento de pólipos — formações benignas que obstruem o nariz e afetam diretamente o olfato, a respiração e o bem-estar dos pacientes1,3. Trata-se de uma condição recorrente, de difícil controle e, muitas vezes, associada a outras doenças, como a asma grave e a doença respiratória exacerbada por anti-inflamatórios não esteroides (DREA)4. “A sinusite crônica com pólipos nasais é uma doença crônica que muitas vezes passa despercebida. Os sintomas podem parecer comuns, como nariz entupido ou perda de olfato, mas o impacto é profundo e contínuo. Muitos pacientes convivem por anos com esses sinais sem saber que existe um diagnóstico específico e tratamento adequado”, explica o Dr. Thiago Bezerra (CRM-PE: 19120 | CRM-SP: 110.836), otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE), professor da UFPE e membro da diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Brasileira de Rinologia (ABR). Para avaliar a ampliação das opções terapêuticas disponíveis, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulamentação do sistema privado de saúde, abriu uma Consulta Pública para ouvir opiniões de pacientes, familiares, profissionais da saúde e sociedade em geral sobre a possível incorporação de um imunobiológico à lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde, como tratamento complementar para adultos com RSCcPN grave e refratária5. De acordo com estudos clínicos, mais da metade dos pacientes com asma grave também convive com rinossinusite crônica com pólipos – o que agrava ainda mais a evolução da doença e sua complexidade4. “Pacientes com sinusite com pólipos nasais muitas vezes enfrentam uma longa trajetória até o diagnóstico correto e o acesso a um tratamento adequado. Mesmo após múltiplas cirurgias e uso contínuo de corticoides, os sintomas podem persistir e comprometer atividades do dia a dia, como sentir cheiros, dormir bem ou respirar com facilidade”, afirma o Dr. Bezerra. “Em quadros refratários, é fundamental que haja opções terapêuticas que levem em consideração as especificidades do processo inflamatório envolvido na doença”. Por que é importante participar da Consulta Pública? A incorporação de um medicamento inovador no rol da ANS pode representar um avanço no cuidado de pacientes que vivem com sintomas persistentes e já passaram por múltiplos tratamentos, com alto impacto físico e emocional. “A Consulta Pública é uma oportunidade única para dar visibilidade a um grupo de pacientes que sofre em silêncio. Muitos convivem com dor facial, obstrução nasal, perda de olfato, alterações do sono e da alimentação, sem saber que há alternativas. A participação ativa da sociedade é um gesto de empatia e de reconhecimento do direito ao acesso à saúde com base em evidências”, reforça o especialista. Profissionais de saúde, pacientes, familiares e a população em geral podem contribuir na consulta pública n° 1575 até 1º de julho de 2025. Para participar e saber mais informações, é necessário acessar este link. Como participar da consulta pública Participar é simples e pode fazer a diferença. Veja como contribuir: - Acesse o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar: Visite https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas, role a tela até encontrar o link de acesso à consulta pública n° 157.
- Leia o relatório técnico: entenda os critérios e evidências científicas de mepolizumabe avaliadas.
- Envie sua opinião: Preencha o formulário de consulta pública compartilhando suas considerações e apoio à incorporação do tratamento.
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THIAGO NASCIMENTO DA SILVA
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