A busca por equilíbrio emocional e qualidade de vida nunca foi tão urgente. Entre a sobrecarga digital, o estresse crônico e o aumento de diagnósticos de ansiedade e depressão, terapias integrativas vêm ganhando protagonismo. E, nesse cenário, o Reiki — prática de imposição de mãos que canaliza energia vital — se destaca como uma das mais procuradas.
Somente em 2025, o setor de terapias energéticas deve movimentar mais de US$ 9 bilhões em todo o mundo. Segundo dados da Allied Market Research, o Reiki já representa um nicho de alto crescimento, com expectativa de ultrapassar US$ 11,4 bilhões até 2027. No Brasil, que figura entre os dez maiores mercados globais de bem-estar, práticas como o Reiki movimentaram cerca de R$ 500 milhões em serviços, formações e atendimentos particulares nos últimos 12 meses.
Mais do que uma tendência de autocuidado, o Reiki vem se consolidando como prática complementar de saúde com reconhecimento institucional. Desde 2017, a técnica está presente no rol de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, mais de 3 mil municípios já adotaram algum tipo de atendimento com Reiki em suas redes públicas.
A terapeuta Neide Martins, que atua no Espaço Holístico Flor de Lótus, em São José dos Campos, afirma que o perfil do público mudou. “Hoje atendo médicos, executivos, jovens com burnout, mães exaustas... O Reiki virou uma ferramenta de regulação emocional acessível, que ajuda a desacelerar de forma profunda. Não é místico, é humano”, explica.
E as histórias de quem passou pela experiência reforçam essa percepção. A jornalista Bárbara Monteiro, 34 anos, conta que começou as sessões após enfrentar uma crise de ansiedade intensa durante a gravidez. “Eu encontrei o Reike em um momento que estava bem deprimida. Não dormia há dias, meu coração vivia disparado. A primeira sessão de Reiki foi como desligar o alarme interno. Não é exagero dizer que me devolveu o ar. Hoje faço sessões regulares e sou profundamente grata”, relata.
Para a dona de casa Zilda Lopes, 75 anos, o Reiki entrou como um último recurso — e virou rotina. “Fui surpreendida com o tratamento. Foi como entrar num silêncio que eu nem sabia que existia dentro de mim. É como uma faxina energética. Me ajudou a retomar o foco e ter mais disposição e tranquilidade no dia a dia.”
Neide ainda explica que o Reiki atua principalmente na regulação do sistema nervoso. ‘“Ele ativa a resposta parassimpática do corpo, que é responsável por promover relaxamento e regeneração. Em tempos de estresse crônico, isso é ouro. Não substitui remédio, mas pode ser um potente complemento”.
Com a integração crescente entre práticas integrativas e a medicina convencional, o Reiki tende a ocupar um espaço cada vez mais relevante na rotina dos brasileiros. Não como promessa de cura milagrosa — mas como ferramenta de reconexão e cuidado. Em um mundo que exige tanto, desacelerar pode ser um dos atos mais revolucionários.
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Bárbara Stephanie Monteiro
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