Criadora de conteúdo cria “namorada do terror” por R$ 9,99 o minuto após identificar aumento de vendas no Dia dos Namorados
“É uma data em que muita gente se sente sozinha, e eu vi nisso uma oportunidade de provocar e faturar”, diz Kerolay Chaves.
JéSSICA ESTRELA
10/06/2025 07h36 - Atualizado há 2 semanas
Reprodução: @kerolay_chaves | CO Assessoria
Solteira e com foco em ações digitais estratégicas, a criadora de conteúdo Kerolay Chaves decidiu oferecer uma alternativa inusitada para o Dia dos Namorados: por R$ 9,99 o minuto, ela criou o pacote “namorada do terror”, uma experiência de interação virtual voltada para quem quer escapar do romantismo da data. A proposta inclui chamadas de vídeo para assistir a filmes assustadores e conversar sobre frustrações amorosas — com uma regra clara: é proibido falar da ex.
A ideia surgiu a partir de uma análise da própria base de vendas da influenciadora. Ao revisar os números da plataforma de assinaturas, Kerolay percebeu que o mês de junho costuma apresentar um pico de até 20% nas compras, comportamento semelhante ao registrado em datas como Natal e Ano Novo. “É uma época em que as pessoas estão mais carentes e conectadas. Vi nisso uma chance de criar uma ativação divertida e ao mesmo tempo rentável”, afirma.
Segundo ela, a proposta foi estruturada diretamente para seus assinantes, com vagas limitadas e horários agendados exclusivamente para o dia 12. O cliente escolhe a atividade — pode ser um filme de terror assistido em tempo real ou um bate-papo descontraído sobre a vida amorosa. Mas há uma cláusula contratual que não pode ser quebrada. “Não aceito papo de ex, principalmente se for pra comparar. Quer sofrer, sofre comigo assistindo coisa pesada”, diz.
Para Kerolay, a ação dialoga com um tipo específico de público: pessoas que se sentem deslocadas diante da pressão social por estar em um relacionamento. “Tem gente que só quer companhia por uma hora, alguém pra rir, reclamar e lembrar que está tudo bem em não estar num jantar à luz de velas. É uma proposta que mistura humor, ironia e acolhimento, do meu jeito”, explica.
Ela ainda conta que, ao lado dessas datas com alta procura, já mapeou os momentos mais difíceis para conversão — como grandes eventos esportivos. “Quando tem jogo importante, o movimento despenca. São dias em que quase ninguém assina ou interage. Nessas horas, o desafio é ainda maior, mas também dá pra criar algo. O público é imprevisível, e isso faz parte do jogo.”
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JESSICA ESTRELA PEREIRA
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