A escolha da escola ideal é um dos passos mais significativos para o futuro de uma criança e, entre as opções que vêm ganhando força no Brasil, destacam-se as escolas bilíngues e internacionais. Ambas compartilham a proposta de preparar os alunos para um mundo globalizado, mas apresentam diferenças importantes na estrutura pedagógica, na carga linguística e nos objetivos a longo prazo. Para ajudar pais e responsáveis a tomarem uma decisão mais alinhada com seus planos familiares, a pedagoga Camila Oliveira, diretora geral e acadêmica da Rio International School (RIS), esclarece os principais pontos de atenção.
Com mais de 30 anos de experiência na área, Camila explica que uma escola internacional adota um currículo estrangeiro, com disciplinas ministradas integralmente em inglês, calendário alinhado ao país de origem — como Estados Unidos ou países europeus — e um diploma com reconhecimento internacional. “Esse tipo de instituição é voltado para famílias que visam uma transição mais fluida entre sistemas educacionais ao redor do mundo”, afirma. Já a escola bilíngue busca o equilíbrio entre o português e uma segunda língua, geralmente o inglês. Nesse modelo, cerca de 50% das aulas ocorrem em cada idioma, mantendo uma conexão mais direta com o calendário, normas e cultura brasileiras.
Segundo a especialista, um dos fatores que diferenciam os dois formatos é o perfil das famílias. Enquanto a escola internacional tende a atender alunos que têm perspectiva de estudar fora ou se mudarem para outros países, o ensino bilíngue é uma alternativa mais acessível e adaptada à rotina local, sem abrir mão da fluência em uma segunda língua. “É importante lembrar que uma escola bilíngue pode oferecer um excelente ensino, mas ela não possui a certificação e os padrões internacionais que caracterizam uma escola internacional”, pontua Camila.
Outro aspecto importante está na metodologia. Em ambas as abordagens, o ensino de outro idioma vai além das aulas formais. Professores utilizam projetos, atividades lúdicas, jogos e apresentações para tornar a segunda língua parte natural da vivência escolar. No entanto, enquanto escolas bilíngues utilizam material didático mesclado, nas internacionais os recursos são totalmente em inglês. Há também um foco maior em habilidades como pensamento crítico, autonomia e resolução de problemas, visando preparar os alunos para os desafios de um ambiente acadêmico e cultural globalizado.
Camila também ressalta que, mesmo com as diferenças de idioma em sala de aula, a comunicação com as famílias tende a ser feita em português, especialmente nas escolas localizadas no Brasil. No entanto, os alunos são constantemente incentivados a utilizar o segundo idioma em atividades diárias, o que fortalece o processo de imersão.
Para a pedagoga, a melhor escolha depende de diversos fatores, incluindo os valores da instituição, o plano pedagógico, os custos envolvidos e os objetivos familiares. “Tanto as escolas bilíngues quanto as internacionais oferecem experiências enriquecedoras. A diferença está no tipo de caminho que cada uma propõe”, destaca. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
FERNANDA ROCHA MARTINS KRAUFERNANDA ROCHA MARTINS KRAU OLIVEIRA
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