Rachaduras no cabeçote: causas, diagnóstico e como evitar prejuízos graves ao motor

MARCEL BRUNO SALGUEIRO - GRUPO PRINTER COMUNICAçãO
05/06/2025 12h26 - Atualizado há 16 horas

Rachaduras no cabeçote: causas, diagnóstico e como evitar prejuízos graves ao motor
Imagem ilustrativa
  • Falha pode levar a danos irreparáveis e inutilizar o sistema mecânico

  • Marlon Silva, da TAKAO, explica como um diagnóstico preciso e reparo correto evitam maiores prejuízos ao funcionamento do veículo
O cabeçote do motor é uma das peças mais importantes do conjunto motriz, responsável por vedar a câmara de combustão, abrigar componentes do sistema de válvulas e garantir o funcionamento e a performance do veículo. Quando surgem rachaduras nessa peça, os danos podem ser severos e, muitas vezes, irreversíveis e levar à perda total do cabeçote e até exigir a troca do conjunto mecânico. Marlon Silva, coordenador técnico da TAKAO, marca de componentes para motor comercializada exclusivamente pela Goop Distribuidora, explica as principais causas dessas falhas e como o reparador pode atuar para solucioná-las de forma eficaz.

Trincas e rachaduras no cabeçote podem ocorrer por diversos fatores, segundo Marlon Silva. Mas, segundo o especialista da TAKAO, a principal é o superaquecimento do sistema, que afeta diretamente a estrutura e a resistência de seus componentes. Problemas no sistema de arrefecimento são a principal causa de superaquecimento em motores. “Ao trabalhar em temperaturas muito acima dos limites de segurança, as peças começam a sofrer um processo de dilatação desigual entre o cabeçote e o bloco do motor. Quando o motor superaquece, o cabeçote pode dilatar mais rapidamente que o bloco, gerando uma grande tensão entre ambos, que pode causar deformações e, posteriormente, fendas e fissuras, comprometendo seu funcionamento, assim como demais dispositivos”, comenta.

Em muitos casos, falhas originadas em outras peças podem levar a ocorrências de trincas e rachaduras no cabeçote. Por isso, o especialista ressalta que antes de qualquer reparo, é necessária uma checagem minuciosa nos diversos sistemas do motor, garantindo um diagnóstico preciso para uma solução efetiva, por parte do reparador. 

Como exemplo, ele ressalta que os sintomas de uma junta de cabeçote queimada e de um cabeçote rachado são semelhantes, o que exige uma atenção especial por parte do profissional responsável: “Não há como identificar a causa do problema sem uma inspeção minuciosa. Para isso, o primeiro passo deve ser realizar a retirada do cabeçote e realizar uma inspeção visual nele, procurando por rachaduras, e na junta do cabeçote, que poderá estar queimada e precisará ser substituída”, explica. “Depois, é importante realizar um teste de pressão, que medirá de forma precisa danos da estrutura interna do cabeçote”.

Embora, na maioria dos casos, a junta do cabeçote queime antes que o cabeçote rache, Marlon alerta que ambas as avarias podem acontecer simultaneamente, por isso é essencial realizar a checagem conjunta de ambos os itens. Além disso, o mau funcionamento ou desgaste de outras peças, como a bomba d’água, correias ou mangueiras podem contribuir para agravar o problema e por isso, também devem ser checadas, garantindo assim, que o reparo seja completo e que o problema não volte a ocorrer.

Além disso, por se tratar de uma falha grave, há o risco de deformação do bloco do motor, provocado pelas altas temperaturas, resultantes do superaquecimento. Nesses casos é fundamental uma investigação aprofundada, para garantir que a extremidade inferior do motor esteja em boas condições de uso, que justifiquem a substituição do cabeçote do cilindro. De outra forma, a solução será a retífica ou mesmo, a substituição do bloco.

Além do superaquecimento, problemas como o desgaste e a fadiga do material que compõe do cabeçote, defeitos de fabricação, retífica mal executada, danos físicos e mesmo choque térmico, causado pelo contato da água fria de enchentes também podem provocar trincas e rachaduras no produto. Por isso, o supervisor da TAKAO ressalta que a obediência ao plano de revisão periódica do veículo, respeitando os prazos para a substituição de peças e a atenção às recomendações de uso consciente e responsável do veículo, por parte do condutor, são a forma mais fácil de evitar essa e demais ocorrências mecânicas que podem comprometer a segurança e a vida útil do motor.
 

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MARCEL BRUNO SALGUEIRO
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FONTE: TAKAO Autopeças
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