Brasil demanda mais acesso às soluções e inovações da biotecnologia para a população
Essa foi uma das mensagens que a ANBIOTEC Brasil levou aos Ministérios esta semana, em diversos encontros voltados ao planejamento orçamentário e à articulação de políticas industriais e de inovação tecnológica em saúde, com foco na produção nacional e no fortalecimento do SUS
PROVATTI COMUNICAçãO
05/06/2025 10h01 - Atualizado há 1 dia
ANBIOTEC Brasil
Maio de 2025 – Demandas da indústria brasileira de biotecnologia, como a necessidade de redução do alto tempo de espera e do alto custo de certificações internacionais, ao passo que órgãos brasileiros poderiam estar habilitados para essa função, além de condições para que a produção nacional de soluções tecnológicas se dê com competitividade para essa cadeia de valor, foram levadas aos Ministérios esta semana, por meio da Associação Nacional de Empresas de Biotecnologia e Ciências da Vida (ANBIOTEC Brasil). A presidente da ANBIOTEC Brasil, Vanessa Silva, em encontro com o Ministro da Saúde, colocou a intenção da cadeia de valor que representa, de ampliar significativamente o acesso dos brasileiros à inovação no campo da biotecnologia. “A indústria brasileira visa atuar para ampliar cada vez mais o abastecimento do mercado nacional e internacional com as inovações de ponta e, para isso, participamos desses encontros para atuarmos em conjunto com o governo objetivando o desenvolvimento do setor”, afirmou a executiva. Na qualidade de membro oficial do Fórum de Articulação com a Sociedade Civil, a ANBIOTEC Brasil participou, nesta quinta-feira (29/5), da reunião plenária do Grupo Executivo do Complexo Econômico Industrial da Saúde (Geceis), realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. Promovido pelo Ministério da Saúde, o evento é o principal espaço de governança do Governo Federal voltado à articulação de políticas industriais e de inovação tecnológica em saúde, com foco na produção nacional e no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Durante o encontro, o ministro Padilha anunciou diferentes parcerias voltadas ao fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis) no país. Dentre as iniciativas, está a criação de um grupo de trabalho para acelerar o registro de novos produtos fármacos, de diagnósticos e dispositivos médico-hospitalares e com foco em melhorar a eficiência da Anvisa. Segundo ele, uma medida provisória (MP) vai criar novos cargos para a Anvisa com o objetivo de transformar a agência em um órgão de apoio à inovação e ao desenvolvimento. Ele também pontuou que, no próximo dia 17 de junho, ministros e ministras do BRICS, grupo formado por países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico vão se reunir em Brasília, e na oportunidade será lançada uma plataforma específica para abordar desafios comuns na produção local de medicamentos, de dispositivos médico-hospitalares e de diagnósticos. A ANBIOTEC Brasil participará desses encontros. A reunião do Geceis também contou com falas da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que trouxe ao parlamento os principais investimentos realizados pela pasta em defesa dos centros de pesquisa e ensino. Contribuições do setor de biotecnologia para o PPA 2024-2027 No último dia 27, a ANBIOTEC Brasil também participou do II Fórum Interconselhos do Governo Federal. A entidade faz parte deste Fórum, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Composto por membros da sociedade civil e representantes de organizações, o Fórum tem várias atribuições, como a promoção da intersetorialidade, integrando a participação social nas políticas públicas e programas governamentais, monitoramento e acompanhamento das agendas transversais, programas e planos. Nesta segunda edição, a agenda central foi a devolutiva da revisão participativa do Plano Plurianual Participativo (PPA) 2024-2027, do governo federal, desenvolvido por meio do Ministério de Planejamento e Orçamento. A função do PPA é definir as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal, contemplando as despesas de capital, como, por exemplo, os investimentos, além de outras diretrizes, além daquelas relativas aos programas de duração continuada. Neste evento, a presidente da ANBIOTEC Brasil teve a oportunidade de expressar ao grupo – que reuniu mais de 100 participantes – a importância desse trabalho no âmbito da cadeia de valor da biotecnologia. “Estamos honrados com essa oportunidade, uma vez que será de grande importância para o desenvolvimento do nosso setor”, Iniciou Vanessa. Ela explicou: “nossa agenda vai além da econômica. Trabalhamos para que cada vez mais a biotecnologia seja do Brasil: promovendo a produção brasileira, com mão de obra nacional, empresas atuando com competitividade, e dando acesso à população de nosso país às inovações voltadas à saúde”. Ela completou: “nesse cenário, gostaríamos de evidenciar nossa preocupação com a questão tributária que impacta diretamente nos investimentos e na competitividade da indústria nacional. Essa indústria - principalmente a pequena e média - que capacita a mão-de-obra, gera emprego e divisas ao País. Nos colocamos à disposição para trabalharmos juntos em prol do desenvolvimento de nossa cadeia de valor e do país como um todo”. A entidade teve importantes pleitos aprovados para o PPA 2024. No Programa de Neoindustrialização, Ambiente de Negócios e Participação Econômica Internacional, propôs elevar o número e o nível de qualificação dos profissionais envolvidos nas agências regulatórias (ANVISA, MAPA, IBAMA, etc), avaliando com maior celeridade processos de registro e licenças de produtos e estabelecimentos; melhorar a interlocução entre os processos regulatórios dos diferentes órgãos e Ministérios, que colaboram na avaliação da qualidade, segurança e eficácia e na entrega de produtos e serviços necessários ao bem estar social do povo brasileiro. Já no Programa de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação, Produção e Avaliação de Tecnologias em Saúde, a proposta foi sobre o fomento para pesquisa clínica no país, reduzindo tempo no seu desenvolvimento e conseguindo abastecer a sociedade com soluções inovadoras, em prazos mais adequados às necessidades da população brasileira. E no Programa de Portos e Transporte Aquaviário, a entidade propôs sobre maior investimento em portos, no que diz respeito a liberação de produtos para a saúde importados, na diminuição da burocracia nos processos e na contratação de mais servidores. “As contribuições de nossas empresas associadas irão fortalecer o monitoramento e a avaliação do Plano, aprimorando os investimentos públicos em tecnologia e inovação, atendendo assim às necessidades do país e trazendo maior e melhor qualidade de vida à população brasileira”, afirma Vanessa Silva. Sobre a ANBIOTEC Brasil - Completando 15 anos, a ANBIOTEC Brasil reúne atualmente 70 associados, sendo 30% exportadores, com vistas a ampliar essa margem em mercados estratégicos, como os países da América Latina, além de África e Oriente Médio. São empresas e instituições nacionais que faturam, juntas, mais de R$ 4 bilhões ao ano e atuam no mercado nacional e internacional, com foco no desenvolvimento e fabricação de produtos e insumos biotecnológicos de alto investimento e valor agregado. Os associados entregam soluções nas áreas de Saúde Humana, Saúde Animal e Veterinária, Agronegócios e Meio Ambiente, atuando nos mercados de Diagnóstico In Vitro (IVD), Diagnóstico Molecular, Genética, Produtos e Insumos Biotecnológicos para fins industriais e demais soluções bioinovadoras, como Biomateriais para reconstituição de tecido, óssea e celular. Acesse: https://anbiotec.org.br/ Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. 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YARA LUCIA PROVATTI DE LIMA
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FONTE: https://anbiotec.org.br/