Da maternidade à liderança: como o diagnóstico da filha levou Silvia Kelly Bosi a fundar uma rede de clínicas voltadas ao desenvolvimento infantil

Cientista e neuropsicopedagoga, Silvia é CEO da Potência, que reúne mais de 30 profissionais no apoio a crianças com atrasos e transtornos do desenvolvimento

JúLIA BOZZETTO
04/06/2025 12h48 - Atualizado há 1 mês

Da maternidade à liderança: como o diagnóstico da filha levou Silvia Kelly Bosi a fundar uma rede de clínicas
Raphael Barros

Silvia Kelly Bosi nunca planejou empreender. Cientista e pesquisadora, ela viu sua trajetória profissional tomar outro rumo em 2019, quando sua filha Valentina, então com 2 anos, recebeu um diagnóstico de neurodivergência. A partir daí, Silvia decidiu mudar de área e se especializar em desenvolvimento infantil. Hoje, é fundadora e CEO da Potência – Clínica de Desenvolvimento Infantil, rede com três unidades no estado do Rio de Janeiro e mais de 30 profissionais no time.

“A busca por respostas e suporte para minha filha foi o que me impulsionou. Percebi que muitas famílias passavam pelas mesmas dificuldades e que havia uma lacuna entre o diagnóstico e o acolhimento”, afirma Silvia. A Potência nasceu com a proposta de preencher esses espaços, oferecendo acompanhamento terapêutico multidisciplinar a crianças com transtornos do desenvolvimento e apoio estruturado às famílias.

Além da atuação clínica, Silvia também realiza palestras voluntárias em comunidades e quer levar o tema da inclusão para dentro das empresas. “O conhecimento transforma. Quando falamos de inclusão, não estamos falando só de acessibilidade física ou de diversidade no discurso, mas de enxergar o outro em sua totalidade”, diz.

As clínicas especializadas em desenvolvimento infantil têm se destacado por oferecer um atendimento transdisciplinar que contempla psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neuropsicopedagogos, analistas do comportamento, entre outros profissionais. Esse trabalho em conjunto permite que cada criança seja acompanhada de maneira completa e humanizada. Além dos atendimentos clínicos, as equipes também realizam visitas às escolas, promovendo uma atuação integrada e fortalecendo os laços entre família, instituição de ensino e profissionais da saúde. 

O objetivo, segundo Silvia, é garantir um ambiente de escuta, aprendizado e construção conjunta. “Cada criança é única e singular em sua forma de se expressar. O papel da equipe é ampliar esse repertório de maneira respeitosa, utilizando técnicas baseadas em Ciência e despertando, de forma individual, as potencialidades de cada uma.” Mãe atípica e empreendedora, Silvia afirma que sua história pessoal continua sendo o motor do trabalho. “A Valentina me ensinou mais do que qualquer curso. Empreender na área do desenvolvimento infantil foi a forma que encontrei de transformar a dor em potência, não só para mim, mas para muitas outras famílias.”

Com a expansão das unidades no Rio e os planos de ampliação para o ambiente corporativo, Silvia quer mostrar que inclusão e desenvolvimento caminham juntos. “Ainda há muito desconhecimento sobre o que são os transtornos do desenvolvimento. Quanto mais falarmos sobre isso com clareza, mais próximos estaremos de uma sociedade verdadeiramente inclusiva.”

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JÚLIA KLAUS BOZZETTO
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