Estabilidade não é sinônimo de saúde: indústria fluminense cobra reação do país diante da estagnação
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04/06/2025 13h59 - Atualizado há 1 dia
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O crescimento tímido de 0,1% da produção industrial brasileira em abril, revelado pelo IBGE, escancara um setor que segue patinando em 2025. Para a Rio Indústria, Associação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a aparente estabilidade na verdade traduz a falta de condições estruturais para um crescimento robusto e sustentável da indústria nacional, travada por juros altos, excesso de importações e um sistema tributário que penaliza quem produz.
Embora o estado do Rio de Janeiro registre desempenho acima da média nacional em alguns segmentos, como o extrativista, isso não significa um cenário confortável. A indústria fluminense também sente os reflexos de um ambiente econômico adverso e pouco estimulante à produção. “Não há mais espaço para nos iludirmos com variações mínimas. Estabilidade com custo alto, baixa confiança e falta de competitividade não é avanço, é um alerta. Precisamos de políticas claras de reindustrialização, ou a estagnação será permanente”, afirma Sérgio Duarte, presidente da Rio Indústria.
A associação defende medidas urgentes para aliviar a carga sobre o setor produtivo, como a revisão de incentivos que favorecem importações, uma política industrial voltada à inovação e produtividade, e maior previsibilidade econômica. Segundo a entidade, manter a indústria viva é vital para garantir empregos, arrecadação e soberania econômica. “Ou damos condições para a indústria crescer, ou seremos um país cada vez mais dependente do que vem de fora”, alerta Duarte.
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JULIANA COSTA DOS SANTOS
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