Geração Z impulsiona Dia dos Namorados no Brasil com busca por mais experiências e menos presentes

Programas a dois pela data ganham espaço e movimentam economia, diz especialista em Administração comportamental e de marketing da FEI

GABRIEL BACCI
04/06/2025 11h39 - Atualizado há 1 dia

Geração Z impulsiona Dia dos Namorados no Brasil com busca por mais experiências e menos presentes
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Mais do que uma celebração afetiva, o Dia dos Namorados é considerada a terceira data mais importante para o comércio, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A forma como casais comemoram a data reflete mudanças importantes no comportamento do consumidor brasileiro. Se antes o foco era em presentes materiais, hoje o momento vivido a dois tem ganhado protagonismo, principalmente entre a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010. Essa análise vem da professora de Administração comportamental e de marketing da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Viviane Gervasoni. 

Uma pesquisa da Ecglobal com 1.000 brasileiros revelou que 62% dos entrevistados preferem celebrar o Dia dos Namorados combinando produtos com experiências marcantes, enquanto 17% optam exclusivamente por oferecer vivências diferenciadas aos parceiros. Esse comportamento reforça uma tendência de consumo mais consciente, focado na criação de memórias e na valorização de momentos significativos. Em sintonia com esse cenário, pequenas e médias empresas faturaram R$ 263 milhões em vendas online na data em 2024, com expectativa de crescimento de 35% em 2025. Restaurantes também devem registrar alta demanda este ano, com estimativa de que 83% dos consumidores escolham esse tipo de comemoração.

Para a professora, a busca por experiências tem superado a procura por itens físicos, revelando uma tendência já consolidada. “O comportamento do consumidor tem se mostrado mais propício ao aumento do ticket médio e à valorização de experiências, não apenas de produtos”, explica. “Cerca de 60% das pessoas que comemoram a data a consideram tão importante quanto um aniversário de namoro ou casamento, o que mostra o peso emocional que ela carrega”, complementa Viviane. 

A professora ainda destaca que essa mudança de comportamento também é impulsionada pela geração Z, que tem priorizado momentos significativos ao invés de consumo de bens. “Para esse público, experiências personalizadas, como jantares ou viagens no fim de semana, atendem tanto ao desejo de conexão quanto às expectativas sociais — muitas vezes reforçadas pelas redes” , explica Viviane Gervanosi.

Diante de um cenário em que os consumidores buscam mais experiências do que produtos e esperam ações personalizadas das marcas, o Dia dos Namorados deixa de ser apenas uma oportunidade de venda. Ele se torna uma vitrine da capacidade das empresas de compreender tendências, adaptar estratégias e criar conexões emocionais reais com seu público. 


 

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