Cidades Pet-Friendly e o Atendimento Veterinário em Casa: Bem-Estar Que Vai Muito Além do Lar
A transformação social que coloca os pets no centro da vida urbana reflete também na evolução dos cuidados veterinários domiciliares
PRISCILA GONZALEZ
01/06/2025 08h55 - Atualizado há 1 mês
Divulgação
O conceito de "pet-friendly" deixou de ser tendência e passou a ser realidade nas grandes cidades brasileiras. Hoje, é comum ver cães e gatos acompanhando seus tutores em cafés, restaurantes, shoppings e até espaços corporativos. Mas essa transformação vai além de abrir portas para os animais: ela reflete uma mudança profunda na relação entre humanos e pets. "Os animais passaram a ser reconhecidos socialmente como parte da família. E se eles fazem parte da família, faz todo sentido que também participem da vida social, com conforto, segurança e respeito às suas necessidades", afirma o médico-veterinário Dr. Marcelo Müller, mestre em Pesquisa Clínica e especializado em atendimento domiciliar. Muito além de aceitar animais, é sobre acolher Ser pet-friendly não significa apenas permitir a presença dos animais em ambientes públicos. Significa oferecer condições adequadas de conforto e bem-estar: espaços planejados, água fresca, áreas seguras, sombra, cuidado com ruídos, além de políticas que respeitem o comportamento natural dos pets. Para Dr. Marcelo, essa mudança acompanha uma evolução no olhar da sociedade sobre os animais. "O pet de hoje não é mais aquele que ficava no quintal. Ele vive dentro de casa, dorme na cama, viaja, participa dos momentos de lazer e até da rotina de trabalho dos tutores. Isso transforma tudo — inclusive o jeito de pensar os serviços e os cuidados com eles", observa. O atendimento domiciliar como extensão do pet-friendly Esse novo olhar não se limita aos momentos de lazer. O próprio cuidado com a saúde dos animais acompanha essa transformação. O atendimento veterinário domiciliar surge como uma extensão natural desse movimento, oferecendo uma experiência muito mais confortável, segura e livre de estresse para o pet e para a família. "Se buscamos restaurantes, hotéis e parques que sejam acolhedores para nossos animais, por que a saúde deles deveria ser tratada de maneira diferente? O atendimento em casa é, na prática, o cuidado que respeita o ambiente onde o pet se sente seguro, onde seu comportamento é natural e seu bem-estar emocional é preservado", explica Dr. Marcelo Müller. O veterinário, que possui mestrado em Pesquisa Clínica, destaca que muitos tutores não percebem, mas o deslocamento até uma clínica, os cheiros diferentes, a presença de outros animais e o ambiente desconhecido são gatilhos fortes de estresse, que afetam diretamente não apenas o comportamento, mas até os parâmetros fisiológicos do animal. Menos estresse, mais saúde e vínculo preservado No atendimento domiciliar, o veterinário não encontra apenas um paciente, mas sim o animal dentro do seu contexto de vida real: sua casa, sua rotina, suas relações e seus hábitos. Isso permite uma leitura muito mais precisa do quadro clínico e comportamental. "É comum que um cão chegue à clínica agressivo, tremendo, com taquicardia e respiração ofegante. Mas no ambiente da casa, ele está relaxado, confiante, interagindo normalmente. Isso não é detalhe. Isso muda completamente a forma como conduzimos o exame, o diagnóstico e até o tratamento", ressalta o profissional veterinário. Além disso, o atendimento domiciliar permite que o médico-veterinário observe o espaço físico, a rotina, a interação da família com o animal e fatores ambientais que muitas vezes são invisíveis na clínica, mas que impactam diretamente na saúde e no bem-estar do pet. Tendência ou necessidade? Para Dr. Marcelo Müller, o atendimento em domicílio não é mais um serviço de luxo ou uma comodidade ocasional. "É uma resposta ética, técnica e afetiva a um novo perfil de tutores, que compreendem que saúde e bem-estar não são apenas sobre tratar doenças, mas sobre cuidar integralmente do animal — físico, emocional e socialmente." O veterinário, com formação de mestrado em Pesquisa Clínica, reforça que, assim como os espaços pet-friendly representam uma cidade mais inclusiva e sensível, o atendimento veterinário domiciliar representa uma medicina mais empática, centrada no vínculo, no conforto e na saúde real dos pets. Conclusão: bem-estar não tem fronteiras O avanço dos espaços pet-friendly e dos serviços que priorizam o conforto e o bem-estar dos animais mostra que a sociedade está, finalmente, reconhecendo que cuidar dos pets é cuidar de membros da família. O lar, os espaços públicos e até o cuidado com a saúde devem refletir esse novo paradigma, onde a dignidade, a liberdade emocional e o conforto dos animais são tão importantes quanto os nossos. "O bem-estar dos pets não começa no consultório. Começa no ambiente onde eles vivem, se sentem seguros e são amados. E esse cuidado, hoje, ultrapassa os muros das casas, das clínicas e das cidades", conclui Dr. Marcelo Müller.
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PRISCILA GONZALEZ NAVIA PIRES DA SILVA
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