Mais de dois terços das empresas pretendem adotar a GenAI em atividades financeiras; 15% o fazem, aponta CFO Survey, da Deloitte

Desafios para a implementação: 54% dos CFOs entrevistados se preocupam com a integração de sistemas financeiros; 51%, com capacitação contínua de profissionais para incorporar IA nas atividades

JEFFREY GROUP
21/05/2025 14h39 - Atualizado há 2 dias

Mais de dois terços das empresas pretendem adotar a GenAI em atividades financeiras; 15% o fazem, aponta CFO Survey, da Deloitte
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São Paulo, maio de 2025 – A Deloitte apresenta a edição 2025 da pesquisa “CFO Survey”, que mapeia perspectivas estratégicas e econômicas de líderes de áreas financeiras no Brasil. O levantamento contou com a participação de 105 CFOs (Chief Financial Officers) de grandes empresas e abrange contextos de negócios, carreira, sucessão e adoção de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial Generativa (GenAI).

A GenAI desponta como uma tendência para a área financeira: 74% dos entrevistados pretendem adotar a nova tecnologia nas atividades financeiras, enquanto 15% já a utilizam e apenas 11% não devem incorporá-la. As atividades mais citadas pelos CFOs para o uso atual e futuro da GenAI foram tarefas rotineiras e repetitivas (80%), planejamento e análise financeira (60%), serviços transacionais (48%) e serviços compartilhados (25%).


“Para os CFOs está cada vez mais claro que a GenAI é sinônimo de maior eficiência operacional e produtividade. Ela tem papel estratégico também nos movimentos por inovação e traz valor competitivo. A questão é como aproveitar essa tecnologia plenamente”, pondera Paulo de Tarso, sócio-líder do CFO Program da Deloitte.

As principais preocupações com a implementação da GenAI são a integração de sistemas financeiros (54%), a capacitação contínua de profissionais (51%) e a falta de habilidades técnicas (48%). Apesar desses desafios, os participantes entendem que a tecnologia traria benefícios em relação à automatização de relatórios financeiros (60%), eficiência operacional e redução de custos (50%), gestão do fluxo de caixa (43%), previsão financeira (42%) e automatização de processos contábeis (38%).

Os resultados da pesquisa também revelam que 69% das empresas alocam até 5% de sua receita líquida em tecnologias voltadas à área de finanças, considerando investimentos e despesas; dessas, 43% investem até 2%.

CFOs assumem posição cada vez mais estratégica

O levantamento também analisa a distribuição de tempo dos CFOs, revelando um equilíbrio entre suas diversas funções, com o papel de estrategista como o predominante. O resultado reflete uma evolução nas responsabilidades dos executivos financeiros, que passam a atuar de maneira mais alinhada e integrada com as operações do negócio.

Dentre as funções citadas estão a maior participação nas tomadas de decisão estratégicas (89%), envolvimento direto na elaboração da estratégia do negócio (78%), participação ativa na gestão de riscos, tanto financeiros quanto não financeiros (75%), atuação no gerenciamento de crises (71%), incorporação de tecnologias, como IA e Analytics, para obter insights estratégicos (68%), adaptações advindas de mudanças regulatórias (61%) e formulação de estratégias/ decisões com maior foco em ESG (60%).

Plano de sucessão ainda é um desafio na área financeira

Apesar do papel cada vez mais estratégico dos CFOs, a maioria dos participantes da pesquisa (65%) afirma que não há um plano de sucessão para sua posição. Somente 23% disseram que as empresas já possuem esse planejamento e 12% reportaram desconhecer algo nesse sentido.

Dentre as organizações que já formalizaram o processo, a criação e o acompanhamento são realizados principalmente pelo CEO da organização (42%), sendo citados ainda o líder de Recursos Humanos (29%), Conselho (25%) e Comitê Especial de plano de sucessão (4%).

Economia e Reforma Tributária são os principais desafios

No cenário para negócios, os CFOs apontaram como principais desafios para as empresas as incertezas sobre a conjuntura econômica brasileira (74%), os impactos da Reforma Tributária (61%), a falta de profissionais qualificados (58%), a mudança no hábito/comportamento dos clientes (47%), a volatilidade da taxa cambial (40%) e as tecnologias disruptivas ao negócio (40%).

“A nova edição da CFO Survey identifica quais são os obstáculos para o crescimento dos negócios, na percepção das lideranças financeiras, a partir de uma perspectiva de como as empresas deverão se posicionar em relação a questões como precificação, investimentos, adoção de novas tecnologias, dentre outras”, analisa Paulo de Tarso.

Dentre os entrevistados que mencionaram os impactos da Reforma Tributária, a principal preocupação é em relação ao preço final do produto/serviço, seguida pela atualização de sistemas e de tecnologias e pela influência nas decisões de investimento e crescimento. Quase metade (47%) ainda não previu os efeitos das mudanças tributárias no orçamento das empresas nas quais trabalham.

A pesquisa também revela que os CFOs pretendem focar em ganhar eficiência e, consequentemente, melhorar os resultados das empresas nas quais atuam em 2025, tendo como objetivos avançar nos resultados ou margens (87%), buscar ganhos de produtividade na atividade principal (85%) e performance superior nos departamentos administrativos (53%).

Em relação à gestão de riscos, as empresas participantes operaram em estabilidade nos últimos dois anos e, para 2025, pretendem manter o apetite, mesmo com a expectativa de aumento do nível geral de risco.

Metodologia

A CFO Survey é um levantamento elaborado por meio do “CFO Program”, iniciativa da Deloitte voltada para o desenvolvimento e aprimoramento de executivos financeiros, com foco em liderança, influência e competência. A pesquisa foi realizada entre 15 de outubro e 23 de dezembro de 2024, com a participação de 105 empresas, sendo 81% localizadas na região Sudeste do Brasil. Dentre as organizações, 31% possuem mais de 1.000 colaboradores e 76% dos respondentes ocupam cargos de liderança (C-level). Além disso, 35% das empresas reportam receita líquida média superior a R$ 500 milhões e oito indústrias estão representadas nos resultados.

Sobre a Deloitte

A Deloitte é a organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, com cerca de 460 mil profissionais em todo o mundo, gerando impactos que realmente importam em mais de 150 países e territórios. Com base nos seus mais de 175 anos de história, fornece serviços de auditoria e asseguração, consultoria tributária, consultoria empresarial, assessoria financeira e consultoria em gestão de riscos para quase 90% das organizações da lista da Fortune Global 500® e milhares de outras empresas. Nossas pessoas proporcionam resultados mensuráveis e duradouros para ajudar a reforçar a confiança pública nos mercados de capitais e permitir aos clientes transformar e prosperar, e lideram o caminho para uma economia mais forte, uma sociedade mais equitativa e um mundo sustentável. No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte é líder de mercado, com mais de 7.000 profissionais e operações em todo o território nacional, a partir de 18 escritórios. Para mais informações, acesse: www.deloitte.com.br.

A Deloitte refere-se a uma ou mais empresas da Deloitte Touche Tohmatsu Limited (“DTTL”), sua rede global de firmas-membro e suas entidades relacionadas (coletivamente, a “organização Deloitte”). A DTTL (também chamada de “Deloitte Global”) e cada uma de suas firmas-membro e entidades relacionadas são legalmente separadas e independentes, que não podem se obrigar ou se vincular a terceiros. A DTTL, cada firma-membro da DTTL e cada entidade relacionada são responsáveis apenas por seus próprios atos e omissões, e não entre si. A DTTL não fornece serviços para clientes. Por favor, consulte www.deloitte.com/about para saber mais.

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NATHÁLIA SANTOS DA SILVA
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