Por que ler clássicos nunca sai de moda — e por onde começar

Eles atravessam gerações, continuam atuais e ajudam a formar leitores mais críticos — entenda por que os clássicos seguem tão relevantes.

LUAN COSTA
22/05/2025 01h25 - Atualizado há 2 meses

Por que ler clássicos nunca sai de moda — e por onde começar
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Ler livros clássicos pode parecer, à primeira vista, uma tarefa difícil ou até desatualizada. Mas a verdade é que essas obras continuam conquistando leitores geração após geração. Clássicos são livros que resistem ao tempo porque tratam de temas universais, nos fazem refletir e ajudam a entender melhor o mundo — e a nós mesmos.

Ao contrário do que muitos pensam, clássicos não são obras ultrapassadas. Pelo contrário: são textos que abriram caminhos, desafiaram pensamentos da época e continuam provocando reflexões. Cada nova leitura de um clássico revela um detalhe que passou despercebido antes. São livros que mudam junto com o leitor.

Neste artigo, vamos mostrar por que os clássicos continuam tão relevantes e indicar por onde você pode começar essa jornada literária com mais prazer e menos pressão.

Eles falam sobre o que é ser humano

Amor, dor, coragem, medo, justiça, perdão... Esses temas aparecem em praticamente todos os clássicos, e continuam fazendo sentido hoje. Não importa a época ou o lugar: questões humanas são atemporais. Um bom exemplo disso são os romances clássicos com histórias inesquecíveis, que seguem emocionando leitores com narrativas envolventes e personagens marcantes.

Ao ler um clássico, encontramos sentimentos que reconhecemos em nós mesmos. É como se autores de séculos passados estivessem nos dizendo: "eu também senti isso". Essa conexão é poderosa.

São uma ponte entre passado e presente

Ler um clássico é como viajar no tempo. Você entende como as pessoas pensavam, viviam, se comportavam. Mas também percebe como muitas coisas continuam parecidas. Em obras clássicas da literatura brasileira, por exemplo, é possível ver como temas como desigualdade, identidade e poder seguem atuais. A história muda, mas os desafios muitas vezes se repetem.

Clássicos também ajudam a entender os contextos históricos e sociais de diferentes épocas, algo fundamental para desenvolver uma visão mais crítica e ampla sobre o mundo.

Melhoram o vocabulário e a escrita

A linguagem de muitos clássicos é mais elaborada, o que estimula o cérebro e ajuda a desenvolver a leitura crítica. Com o tempo, o leitor passa a entender melhor as construções frasais, amplia o vocabulário e melhora até mesmo sua escrita. E, para quem quer começar de forma mais leve, há clássicos mais fáceis de ler do que você imagina, que são ótimos pontos de partida para adquirir confiança.

A leitura regular de clássicos também melhora a capacidade de argumentação e interpretação de texto — duas habilidades muito valorizadas academicamente e no mercado de trabalho.

Estimulam o pensamento crítico

Clássicos convidam à reflexão. Muitas vezes, apresentam diferentes pontos de vista e fazem o leitor questionar o que está lendo. Ao abordar temas complexos com profundidade, eles estimulam a análise e a construção de opinião própria. É por isso que continuam sendo tão usados em escolas, universidades e rodas de leitura.

Autores clássicos como Machado de Assis, Dostoiévski, George Orwell e Jane Austen não entregam respostas prontas. Eles provocam, desafiam, levantam dilemas morais. E é aí que está o valor: o leitor é parte ativa da experiência.

Formam base para outros tipos de leitura

Conhecer os clássicos ajuda a compreender referências em livros modernos, filmes, séries e até músicas. Eles funcionam como uma base que amplia o repertório cultural do leitor. Muitas histórias atuais se inspiram ou dialogam com essas obras, mesmo que de forma sutil.

Por exemplo, compreender a estrutura de um romance como "Dom Casmurro" facilita a leitura de narrativas contemporâneas que exploram temas como memória, dúvida e ambiguidade. A familiaridade com os clássicos enriquece qualquer nova leitura.

Por onde começar?

Se você quer iniciar sua jornada com clássicos, comece por obras mais curtas, acessíveis e com temas que te interessem. Os clássicos infantojuvenis são uma ótima opção para todas as idades, porque combinam leveza com profundidade.

Também vale explorar listas variadas, como as disponíveis no site Taverna dos Livros, onde há sugestões organizadas por gênero, nível de leitura e interesse. O importante é escolher uma obra que desperte curiosidade, e não aquela que você acha que “deveria” ler.

Ler clássicos não é uma obrigação, é um convite. Um convite para mergulhar em histórias que atravessaram séculos e continuam vivas — esperando por novos olhos, novas interpretações e novas conexões.


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LUAN CRUZ DA COSTA
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