O setor de artigos para casa continua em ritmo de crescimento, impulsionado pela recuperação econômica, pela diversificação da oferta e pelo aumento da confiança do consumidor. Os dados dos Termômetros da ABCasa – Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxteis –, desenvolvidos em parceria com o IEMI - Inteligência de Mercado, apontam um cenário favorável em abril de 2025, com expansão na produção nacional, elevação das exportações e desempenho sólido do varejo.
As análises, divididas em três frentes — produção, comércio exterior e varejo — revelam que o mercado tem se fortalecido não apenas internamente, mas também na relação com o mercado internacional, com destaque para a performance de itens de decoração e utilidades domésticas.
Segundo Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa, “os indicadores dos Termômetros da ABCasa reforçam o otimismo do setor. O crescimento consistente da produção e das exportações, aliado à estabilidade no varejo, mostra que estamos diante de um segmento maduro, moderno e atento às transformações do mercado global.”
Confira a seguir os destaques dos Termômetros ABCasa de abril de 2025:
Varejo: setor mantém crescimento em 12 meses, com inflação sob controle
O varejo de artigos para casa segue apresentando solidez em sua trajetória anual, mesmo diante de oscilações pontuais. Em fevereiro de 2025, o setor registrou uma receita mensal estimada de R$ 7,61 bilhões. Embora represente uma retração de 10,5% em relação a janeiro, o desempenho no comparativo anual revela um cenário positivo: alta de 5,1% em relação ao mesmo período de 2024 e crescimento acumulado de 8,8% nos últimos 12 meses.
A inflação do varejo também se manteve controlada. Em março de 2025, a variação de preços foi de apenas 0,07%, abaixo da inflação geral do mês, que ficou em 0,56%. No acumulado do ano, a inflação no setor foi de 0,39%, e, nos últimos 12 meses, de 2,27%, o que contribui para a manutenção do consumo e da competitividade no mercado.
“O desempenho positivo do varejo no acumulado de 12 meses é reflexo de um consumidor atento à renovação dos lares e à busca por itens com melhor relação entre preço, qualidade e design. A estabilidade dos preços tem sido um fator importante para manter o consumo aquecido no setor”, avalia Cincinato.
Produção: indústria nacional acelera e responde à demanda interna
A produção de artigos para casa segue em expansão no acumulado de 2025, com receita mensal do setor estimada em R$ 4,48 bilhões. O segmento acumula crescimento de 3,1% no ano e 6,5% nos últimos 12 meses, evidenciando a consistência da demanda interna. No comparativo físico, a produção acumulada entre janeiro e fevereiro cresceu 3,2% frente ao mesmo período de 2024.
Os preços da produção industrial também apresentaram leve avanço. Em fevereiro, o preço médio subiu 0,15%. No acumulado do ano, a alta é de 0,49% e, nos últimos 12 meses, alcançou 7,72%, refletindo a valorização de insumos e a busca por maior valor agregado nos produtos.
O consumo interno aparente — que considera a produção nacional somada às importações — totalizou R$ 5,10 bilhões em fevereiro, indicando forte movimento de recomposição de estoques e resposta à demanda do consumidor final.
“O desempenho da indústria nacional mostra a resiliência do setor, mesmo diante de ajustes mensais. A alta acumulada da produção e do consumo aparente reforça o protagonismo dos artigos para casa na cadeia produtiva brasileira”, reforça Cincinato.
Comércio Exterior: exportações em alta e importações sustentam diversidade da oferta
O desempenho do setor de artigos para casa no mercado internacional apresentou crescimento expressivo nas exportações em março de 2025, totalizando US$ 74,8 milhões — um aumento de 18,7% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano (janeiro a março), o avanço foi de 2,3% frente ao mesmo período de 2024, e a alta chega a 2,9% quando considerados os últimos 12 meses.
Os dados confirmam o bom desempenho do Brasil no fornecimento de artigos de casa para o mercado externo, com o Estados Unidos liderando o ranking com 26,5%, seguido de Paraguai com 9,9% e Argentina com 9,6%, como os principais destinos.
Quando olhamos para as importações, a China detém a principal posição com 75%, seguido por Índia com 3,0% e Paraguai com 2,9%, totalizando US$ 157,1 milhões no mesmo período, acumulando uma alta de 11,2% em relação ao bimestre do ano anterior, o que mostra a crescente demanda por itens diferenciados, especialmente em categorias como decoração, utensílios de mesa e organização doméstica.
“O crescimento das exportações é reflexo da competitividade da nossa indústria. Ao mesmo tempo, as importações ampliam a diversidade de produtos disponíveis no país, fortalecendo o setor como um todo”, afirma Cincinato.
Entre os destaques, os artigos de decoração continuam liderando as importações, acompanhados de utensílios de mesa, que apresentaram crescimento expressivo, e artigos para organização, que têm ganhado cada vez mais espaço no mercado.
Com perspectivas positivas para os próximos meses, a ABCasa segue acompanhando o setor e promovendo iniciativas estratégicas para incentivar a inovação e o crescimento sustentável no mercado de artigos para casa no Brasil.
A ABCasa - Associação Brasileira de Artigos para a Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil - é uma entidade sem fins lucrativos, que se constitui como a mais representativa do setor. Seu objetivo principal é fortalecer o segmento e criar uma base de relacionamento entre empresas, entidades de classe, fornecedores, distribuidores, importadoras e profissionais. Com mais de 650 associados, a organização auxilia na maturação do mercado de artigos para a casa e celebração, oferecendo conteúdos, estudos setoriais e organizando eventos importantes que geram excelentes oportunidades de negócios aos associados.
Para mais informações, acesse www.abcasa.org.br.
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PAULA FEREZIN MARTINS
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